A participação num esquema fraudulento que teria desviado R$ 7,5
milhões apenas no Hospital Regional de Itapetininga levou ao indiciamento de 61
pessoas. O pedido foi feito em dezembro passado pelos promotores do núcleo
Sorocaba do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco),
do Ministério Público paulista. Concluída há dois meses, a chamada Operação
Atenas investigou irregularidades praticadas pelo Sistema de Assistência
Social e Saúde (SAS) e pelo o Instituto SAS – ambas empresas com status de
Organização Social (OS) – na gestão do principal hospital da cidade, localizada
a 170 quilômetros da capital. Uma verdadeira sangria de recursos, segundo os promotores.
Ainda conforme o Gaeco, a quadrilha tinha como objetivo a
apropriação de recursos públicos destinados à área da saúde a partir da ação de
lobistas, ao financiamento de campanhas de agentes políticos e ao pagamento de
propina a funcionários públicos para direcionar contratos fraudulentos ao SAS.
O dinheiro seria desviado para os integrantes da quadrilha por
meio de pagamento de notas fiscais frias ou superfaturadas, emitidas contra o
SAS por empresas, na maioria das vezes registradas em nome dos integrantes do
bando ou de seus parentes. As organizações atuavam ainda nos municípios
paulistas de São Miguel Arcanjo, São Paulo, Araçariguama e Vargem Grande
Paulista. Em Americana, outro município vítima dos supostos fraudadores,
segundo o órgão investigador, o prefeito Diego de Nadai (PSDB) teria recebido
R$ 100 mil de propinas.
Tudo isso seria mais um caso de exploração privada do dinheiro
público. No entanto, a imoralidade do esquema pode ser ainda mais grave caso se
confirme o envolvimento não apenas de gestores, políticos e empresários, como é
comum nessas redes criminosas, mas também de empresas e pessoas com ligações na
Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo – órgão governamental executivo
responsável por buscar a qualidade de um serviço essencial e garantir
atendimento digno à população.
Embora o nome dos envolvidos ainda não tenha sido divulgado pela
Justiça, há indícios de que as empresas Cubatão Serviços Médicos Ltda., Guarujá
Serviços Médicos Ltda., Praia Grande Serviços Médicos Ltda. e São Vicente
Serviços Médicos Ltda. estejam envolvidas com a OS acusada de irregularidades.
As quatro fazem parte de uma lista de prestadores de serviços da
OS no Hospital de Itapetininga, encaminhada pela própria SAS, em atendimento a
um requerimento da Câmara Municipal local.
Em Taubaté também aconteceu algo parecido com a implantação da OS,
que levou o ex-vereador Biriri a fazer uma denúncia pelo alto custo e a influência
de deputado e desse grupo.
Avaliando essas duas situações os vereadores, o Ministério Público
e a população tem que ficar atento com esse chamamento público para que não
favoreça supostamente alguma OS ligada algum deputado tendo em vista que Pinda
quem está sendo o gestor maior não é o prefeito e sim os deputados que estão
deitando e rolando nessa administração.
Fonte:
Rede Brasil Atual
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