terça-feira, 25 de abril de 2017

ABBC vence chamada pública do Pronto Socorro


A OS vencedora responde diversas ações na justiça por irregularidades que cometeu em cidades que já prestou esse tipo de serviço

Aconteceu na última segunda-feira (24), a chamada pública em caráter de urgência para a administração do Pronto Socorro, após imaturamente o prefeito ter rompido o contrato da Prefeitura com a Santa Casa. Nesta chamada pública participaram três organizações sociais, sendo a vencedora a ABBC para um contrato de 180 dias, onde o município pagará na casa dos 9 milhões de reais pelo serviço.
A diferença de uma OS para outra ficou na casa dos 200 mil reais e segundo informações haverá recurso das demais concorrentes devido ao resultado.
Alguns pontos chamaram a atenção na chamada pública, como por exemplo, o gasto com medicamentos apresentados pelas OSs, as duas que perderam apresentaram um gasto bem alto nesse setor, enquanto a vencedora apresentou um valor bem baixo, sendo que na realidade do mercado os valores com medicamentos são caros.
Lembramos que a Santa Casa deixará o serviço no próximo dia 5 de maio, às 23h59 tenha ou não validado essa chamada pública, ficando assim mais de 150 pessoas desempregadas fora as empresas parceiras, que também irão demitir funcionários.

Conheça algumas das irregularidades que a ABBC está explicando na justiça

- “Após a Prefeitura de Ribeirão Pires romper o contrato com a OSSPUB, a entidade encerrou suas atividades e fechou a sede localizada no município. Mas, o presidente, Edison Dias Júnior, ativou outras duas organizações e agora presta serviço no Interior. O rompimento do acordo entre Prefeitura e ONG ocorreu após o Diário revelar que Edison Dias Júnior comprou um carro de luxo com dinheiro público. Na ocasião, ele utilizou R$ 20 mil que deveriam ser destinados para o pagamento de médicos e deu como entrada em um Toyota Corolla modelo 2011/2012, cujo valor total é R$ 72 mil. A Justiça investiga a irregularidade. A situação não abalou o empresário, que atua no Interior com o mesmo modus operandi feito no Grande ABC. Após fechar a OSSPUB, Dias ativou a ABBC (Associação Brasileira de Beneficência Comunitária) e o IAPP (Instituto de Apoio a Políticas Públicas)”.

- “Os vereadores da cidade (Bragança Paulista) questionam a empresa qualificada para prestar o serviço. Pela licitação, a Associação Brasileira de Beneficência Comunitária (ABBC) foi a única entidade qualificada para gerenciar as Unidades Básicas e o Programa Saúde da Família (PSF). A ABBC, porém, tem sido contestada por representantes do legislativo. Segundo os vereadores, a empresa responde a processos judiciais em outras três cidades onde presta serviço”.

- “Associação Brasileira de Beneficência Comunitária (ABBC): A OS responde ação em Itatiba, por irregularidades. O Ministério Público pediu o bloqueio de bens do prefeito, João Fattori (PSDB), em uma ação civil pública que visa garantir que mais de R$ 39 milhões sejam devolvidos aos cofres públicos. A acusação é de direcionamento na escolha da entidade para administração de uma UPA e também de terceirização e quarteirização ilegal de mão de obra bem como ausência de comprovação de capacidade técnica pela contratada. Já em Bragança, o TCE-SP aponta falta de transparência do contrato firmado com a entidade na área da saúde. Em Ribeirão Pires, o jornal Diário do Grande ABC publicou reportagem, em 2012, que liga o presidente de outra OS – a OSSPUB, a irregularidades. Edison Dias Júnior, segundo o jornal, teria comprado um carro de luxo com dinheiro público. Na ocasião, ele teria utilizado R$ 20 mil que deveriam ser destinados para o pagamento de médicos e deu como entrada em um Toyota Corolla modelo 2011/2012, cujo valor total é R$ 72 mil. A OSSPUB gerenciava o Hospital e Maternidade São Lucas e as oito residências terapêuticas de Ribeirão. Depois do escândalo, o contrato foi encerrado e a entidade fechada. Ainda conforme o jornal, Edson então criou outras OSs e continuou a atuar normalmente em prefeituras do interior. Uma delas é a ABBC, que também ganhou um contrato para terceirizar serviços no Hospital Municipal de São Vicente, o antigo Crei”.

- “ABBC foge de novo e não presta contas à Câmara: A ABBC, empresa responsável pelo gerenciamento da Saúde em Bragança se esquivou novamente de prestar contas à Câmara Municipal que é aguardada desde o mês de maio. Ontem estava prevista reunião entre a ABB e a Comissão de Educação, Cultura, Saúde, Saneamento, Assistência Social e Esporte da Câmara Municipal para prestação de contas da empresa, mas foi cancelada na noite de terça-feira. A ABBC administra diretamente cerca de R$ 50milhões do orçamento da Prefeitura para a Saúde que é de R$ 108 milhões. A situação da saúde pública em Bragança é bastante frágil e envolve falta de remédios, exames, de pagamentos a fornecedores, a médicos, dentistas além de atendimento precário de forma geral. Associado a isso a falta de planejamento da Secretaria da Saúde, a alternância constante de secretários agravam a situação”.

- “ABBC é denunciada por jornal de Teresópolis: Segundo jornal, prefeito tentou implantar OS de forma enrustida e sem aval da Câmara, mas foi descoberto e Justiça impediu a manobra. Uma das OSs qualificadas é a ABBC, que vai disputar a gestão do HES e está cheia de irregularidades no currículo”.


Ouvimos o vereador Rafael Goffi que nos garantiu que fiscalizará de perto toda a atitude dessa OS, pois ele já está sabendo por fontes conhecidas que essa OS já tem problemas em todas as cidades que passou, e que ele contará com o apoio do Ministério Público. 

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