A OS vencedora responde diversas ações na justiça por
irregularidades que cometeu em cidades que já prestou esse tipo de serviço
Aconteceu na última
segunda-feira (24), a chamada pública em caráter de urgência para a
administração do Pronto Socorro, após imaturamente o prefeito ter rompido o
contrato da Prefeitura com a Santa Casa. Nesta chamada pública participaram
três organizações sociais, sendo a vencedora a ABBC para um contrato de 180
dias, onde o município pagará na casa dos 9 milhões de reais pelo serviço.
A diferença de uma OS para
outra ficou na casa dos 200 mil reais e segundo informações haverá recurso das
demais concorrentes devido ao resultado.
Alguns pontos chamaram a
atenção na chamada pública, como por exemplo, o gasto com medicamentos apresentados
pelas OSs, as duas que perderam apresentaram um gasto bem alto nesse setor,
enquanto a vencedora apresentou um valor bem baixo, sendo que na realidade do
mercado os valores com medicamentos são caros.
Lembramos que a Santa Casa
deixará o serviço no próximo dia 5 de maio, às 23h59 tenha ou não validado essa
chamada pública, ficando assim mais de 150 pessoas desempregadas fora as
empresas parceiras, que também irão demitir funcionários.
Conheça algumas das irregularidades que a ABBC está
explicando na justiça
- “Após a Prefeitura de
Ribeirão Pires romper o contrato com a OSSPUB, a entidade encerrou suas
atividades e fechou a sede localizada no município. Mas, o presidente, Edison
Dias Júnior, ativou outras duas organizações e agora presta serviço no
Interior. O rompimento do acordo entre Prefeitura e ONG ocorreu após o Diário
revelar que Edison Dias Júnior comprou um carro de luxo com dinheiro público.
Na ocasião, ele utilizou R$ 20 mil que deveriam ser destinados para o pagamento
de médicos e deu como entrada em um Toyota Corolla modelo 2011/2012, cujo valor
total é R$ 72 mil. A Justiça investiga a irregularidade. A situação não abalou
o empresário, que atua no Interior com o mesmo modus operandi feito no Grande
ABC. Após fechar a OSSPUB, Dias ativou a ABBC (Associação Brasileira de
Beneficência Comunitária) e o IAPP (Instituto de Apoio a Políticas Públicas)”.
- “Os vereadores da cidade
(Bragança Paulista) questionam a empresa qualificada para prestar o serviço.
Pela licitação, a Associação Brasileira de Beneficência Comunitária (ABBC) foi
a única entidade qualificada para gerenciar as Unidades Básicas e o Programa
Saúde da Família (PSF). A ABBC, porém, tem sido contestada por representantes
do legislativo. Segundo os vereadores, a empresa responde a processos judiciais
em outras três cidades onde presta serviço”.
- “Associação Brasileira
de Beneficência Comunitária (ABBC): A OS responde ação em Itatiba, por
irregularidades. O Ministério Público pediu o bloqueio de bens do prefeito,
João Fattori (PSDB), em uma ação civil pública que visa garantir que mais de R$
39 milhões sejam devolvidos aos cofres públicos. A acusação é de direcionamento
na escolha da entidade para administração de uma UPA e também de terceirização
e quarteirização ilegal de mão de obra bem como ausência de comprovação de
capacidade técnica pela contratada. Já em Bragança, o TCE-SP aponta falta de
transparência do contrato firmado com a entidade na área da saúde. Em Ribeirão
Pires, o jornal Diário do Grande ABC publicou reportagem, em 2012, que liga o
presidente de outra OS – a OSSPUB, a irregularidades. Edison Dias Júnior,
segundo o jornal, teria comprado um carro de luxo com dinheiro público. Na
ocasião, ele teria utilizado R$ 20 mil que deveriam ser destinados para o
pagamento de médicos e deu como entrada em um Toyota Corolla modelo 2011/2012,
cujo valor total é R$ 72 mil. A OSSPUB gerenciava o Hospital e Maternidade São
Lucas e as oito residências terapêuticas de Ribeirão. Depois do escândalo, o
contrato foi encerrado e a entidade fechada. Ainda conforme o jornal, Edson
então criou outras OSs e continuou a atuar normalmente em prefeituras do
interior. Uma delas é a ABBC, que também ganhou um contrato para terceirizar
serviços no Hospital Municipal de São Vicente, o antigo Crei”.
- “ABBC foge de novo e não
presta contas à Câmara: A ABBC, empresa responsável pelo gerenciamento da Saúde
em Bragança se esquivou novamente de prestar contas à Câmara Municipal que é
aguardada desde o mês de maio. Ontem estava prevista reunião entre a ABB e a
Comissão de Educação, Cultura, Saúde, Saneamento, Assistência Social e Esporte
da Câmara Municipal para prestação de contas da empresa, mas foi cancelada na
noite de terça-feira. A ABBC administra diretamente cerca de R$ 50milhões do
orçamento da Prefeitura para a Saúde que é de R$ 108 milhões. A situação da
saúde pública em Bragança é bastante frágil e envolve falta de remédios, exames,
de pagamentos a fornecedores, a médicos, dentistas além de atendimento precário
de forma geral. Associado a isso a falta de planejamento da Secretaria da
Saúde, a alternância constante de secretários agravam a situação”.
- “ABBC é denunciada por
jornal de Teresópolis: Segundo jornal, prefeito tentou implantar OS de forma enrustida
e sem aval da Câmara, mas foi descoberto e Justiça impediu a manobra. Uma das
OSs qualificadas é a ABBC, que vai disputar a gestão do HES e está cheia de
irregularidades no currículo”.
Ouvimos o vereador Rafael
Goffi que nos garantiu que fiscalizará de perto toda a atitude dessa OS, pois
ele já está sabendo por fontes conhecidas que essa OS já tem problemas em todas
as cidades que passou, e que ele contará com o apoio do Ministério Público.