Dos 21 parlamentares
indicados para a comissão do impeachment no Senado, mais de um terço responde a
inquéritos no Supremo Tribunal Federal. Dos oito senadores com processos,
quatro deles integram a lista dos políticos investigados pela Operação Lava
Jato. Antes de levar o caso ao plenário da Casa, o grupo será responsável por
analisar a denúncia contra a presidente Dilma Rousseff acolhida na Câmara no
último dia 17.
Indicados para a presidência
e relatoria da comissão, os senadores Raimundo Lira (PMDB-PB) e
AntonioAnastasia (PSDB-MG) ficaram de fora desta lista. Em fevereiro, o STF
arquivou um inquérito que investigava a suposta participação do tucano na Lava
Jato.
Já Gleisi Hoffmann (PT- PR),
Lindbergh Farias (PT-RJ), Fernando Bezerra (PSB-PE) e Gladson Cameli (PP-AC)
são os senadores investigados por suposto envolvimento na corrupção na
Petrobras. Lindbergh é o que responde ao maior número de processos na Corte:
cinco.
Gleisi, que foi ministra
da Casa Civil no primeiro mandato de Dilma, é alvo de dois procedimentos. Ela
também foi citada na delação do senador Delcídio Amaral (sem partido-MS). Em
março, a Polícia Federal indiciou a senadora e seu marido, o ex-ministro do
Planejamento Paulo Bernardo, por suposto recebimento de R$ 1 milhão. Lindbergh
teria recebido propina desviada da estatal de R$ 2 milhões para financiar a
campanha ao governo do Rio em 2014. Além disso, ele é investigado em quatro
procedimentos.
O senador Fernando
Bezerra, que responde a quatro inquéritos, foi citado na delação do ex-diretor
da estatal Paulo Roberto Costa por ter recebido R$ 20 milhões na época em que
ele era secretário do então governador de Pernambuco, Eduardo Campos. Cameli é
um dos parlamentares do PP relacionados à corrupção da Petrobras. Ele também
responde a um processo por dirigir bêbado.
Aloysio Nunes (PSDB-SP) é
alvo de um inquérito que está oculto no sistema do STF, em razão de
desdobramentos da Lava Jato. Os outros parlamentares da comissão que enfrentam
investigações no STF são Simone Tebet (PMDB-MS), Wellington Fagundes (PR-MT) e
Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM).
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