Por Sérgio
Cursino
JORNALISMO | sobre vocação
❝ 7
de abril foi comemorado nosso dia. Sou um jornalista por formação. Antes, bem
antes por vocação. Há mais de 40 anos.
Esta semana passada, aliás, perdi meu padrinho do
rádio: José Luís da Silva, o ‘Bom José’.
Ele foi gerente da Difusora em Pinda,
Taubaté e São José. O próprio apelido já dizia tudo:
bom, amável, conciliador,
elegante, sorridente, foi o primeiro a me proporcionar oportunidade concreta de
trabalho dentro desse veículo mágico – o rádio. Gratidão, Zé Luis. Saudade, Zé
Luis.
Meu canudo do Jornalismo foi desprezado em 2009
pelo STF como exigência para a prática da profissão. E ainda hoje lutamos para
reverter esta barbaridade, sem sucesso.
Tudo o que se fala sobre dificuldades da profissão
de jornalista, como o reduzido
piso da categoria, as horas extras não pagas, os
feriados não curtidos, o pouco tempo
para acompanhar o dia a dia dos filhos nas
escolas pelas incongruências das jornadas,
o assédio moral e até sexual, as
funções multimídias e um único salário ou a pejotização...
– tudo perde importância
quando percebemos que fizemos a diferença na vida de alguém
com o nosso
trabalho.
Quando uma denúncia reverteu uma injustiça, mexeu
em estruturas erradas e que
prejudicavam famílias, resultou na fiscalização do
término de uma obra ou na colocação
de um asfalto numa comunidade, quando
descobrimos que transformamos vidas e
mudando conceitos pré-estabelecidos.
Por tudo isto que o jornalismo
representa. Pela função transformadora que ele tem na sociedade. Pela
importância indiscutível que o jornalismo assume em momentos tão tensos como
nesta pandemia do Covid-19, eu jamais poderia ter escolhido outra profissão.
Para mim, jornalismo é um sacerdócio -
sem desrespeitar jamais as outras profissões - do
qual os nascidos para tal
missão nunca conseguem de fato se afastar dela.
Desde que começou aqui no Brasil a
escalada preocupante da transmissão do coronavírus,
eu respiro notícias:
trabalho de domingo a domingo na TV, intensifiquei minhas redes sociais
e
jamais me descuido das atualizações.
Nesta passagem ainda que tardia do Dia
do Jornalista, desejo muita coragem e foco para
todos e todas que são os
responsáveis por informar os brasileiros sobre esta pandemia e
que se protejam
para sobreviver.
Dentro do possível, trabalhem de casa.
Não é meu caso, preciso sair todo dia para cumprir minha missão de jornalista.
Minha vocação. Minha paixão. ❞
ESTE É O PODER DA PALAVRA!
Sérgio
Cursino é radialista desde 1977,
começou
na Difusora Pinda.
Consultor
em Comunicação.
Jornalista
e publicitário.
Nenhum comentário:
Postar um comentário