segunda-feira, 13 de abril de 2020

CONTEXTO | Além Da Notícia




 Por Sérgio Cursino

                                                       JORNALISMO | sobre vocação

 7 de abril foi comemorado nosso dia. Sou um jornalista por formação. Antes, bem 
antes por vocação. Há mais de 40 anos.

Esta semana passada, aliás, perdi meu padrinho do rádio: José Luís da Silva, o ‘Bom José’. 
Ele foi gerente da Difusora em Pinda, Taubaté e São José. O próprio apelido já dizia tudo:
 bom, amável, conciliador, elegante, sorridente, foi o primeiro a me proporcionar oportunidade concreta de trabalho dentro desse veículo mágico – o rádio. Gratidão, Zé Luis. Saudade, Zé Luis.

Meu canudo do Jornalismo foi desprezado em 2009 pelo STF como exigência para a prática da profissão. E ainda hoje lutamos para reverter esta barbaridade, sem sucesso.

Tudo o que se fala sobre dificuldades da profissão de jornalista, como o reduzido
 piso da categoria, as horas extras não pagas, os feriados não curtidos, o pouco tempo
 para acompanhar o dia a dia dos filhos nas escolas pelas incongruências das jornadas,
 o assédio moral e até sexual, as funções multimídias e um único salário ou a pejotização... 
– tudo perde importância quando percebemos que fizemos a diferença na vida de alguém 
com o nosso trabalho.

Quando uma denúncia reverteu uma injustiça, mexeu em estruturas erradas e que 
prejudicavam famílias, resultou na fiscalização do término de uma obra ou na colocação 
de um asfalto numa comunidade, quando descobrimos que transformamos vidas e 
mudando conceitos pré-estabelecidos.

Por tudo isto que o jornalismo representa. Pela função transformadora que ele tem na sociedade. Pela importância indiscutível que o jornalismo assume em momentos tão tensos como nesta pandemia do Covid-19, eu jamais poderia ter escolhido outra profissão.

Para mim, jornalismo é um sacerdócio - sem desrespeitar jamais as outras profissões - do 
qual os nascidos para tal missão nunca conseguem de fato se afastar dela. 
Desde que começou aqui no Brasil a escalada preocupante da transmissão do coronavírus,
 eu respiro notícias: trabalho de domingo a domingo na TV, intensifiquei minhas redes sociais
 e jamais me descuido das atualizações.
 Nesta passagem ainda que tardia do Dia do Jornalista, desejo muita coragem e foco para
 todos e todas que são os responsáveis por informar os brasileiros sobre esta pandemia e 
que se protejam para sobreviver.

Dentro do possível, trabalhem de casa. Não é meu caso, preciso sair todo dia para cumprir minha missão de jornalista. Minha vocação. Minha paixão. 

ESTE É O PODER DA PALAVRA!


Sérgio Cursino é radialista desde 1977,
começou na Difusora Pinda.
Consultor em Comunicação.
Jornalista e publicitário.


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