Crédito
da foto: Guilherme Moura
Júlio César Geraldi, trabalhador reintegrado, e Anderson Lopes, dirigente
sindical
Assembleia que aprovou paralisação nessa sexta-feira, para protestar contra
postura intransigente da empresa
Paralisação protestou contra intransigência
da direção da empresa; essa foi a 10ª reintegração por ações judiciais nos
últimos 3 anos
Nessa
sexta-feira, dia 30, os trabalhadores da fábrica Elfer, em Pindamonhangaba,
fizeram uma paralisação contra a postura intransigente da direção da empresa e
contra práticas de assédio moral.
Após a
empresa insistir na demissão irregular de um trabalhador vítima de acidente de
trabalho, a Justiça do Trabalho determinou sua reintegração, que ocorreu nessa
quinta-feira. Essa foi a 10ª reintegração por ações judiciais movidas pelo
Sindicato dos Metalúrgicos nos últimos três anos.
Júlio
César Geraldi, 38 anos, sofreu acidente na fábrica três anos atrás, quando teve
que amputar parte do dedo indicador. Ele se qualificou e já trabalhava em
função compatível com a lesão, como controlador de qualidade, mas havia sido
demitido este mês.
“O sindicato
teve uma atuação rápida, no mesmo dia o Anderson (dirigente sindical) me ligou,
marcou reunião, pessoal bem companheiro mesmo. Emprego para uma pessoa
lesionada é muito difícil. Agora me sinto amparado, em saber que vou ter
condição de dar um sustento pra família”, disse Júlio César.
Segundo
o vice-presidente André Oliveira, a reintegração foi possível por causa da Convenção
Coletiva de Trabalho, que garante direitos específicos aos metalúrgicos da CUT.
“A
empresa insistiu na demissão irregular, contra a lei, e essa intransigência
ocorre até em questões simples, que não geram custo à empresa, como a mudança
na jornada. Felizmente, na Elfer os trabalhadores são muito unidos e com
mobilização a gente consegue avançar”, disse.
A
Elfer emprega cerca de 90 funcionários na fabricação de peças de alumínio e
prestação de serviços no distrito do Feital.
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