Patrões
têm insistido no rebaixamento do piso salarial; trabalhadores da Gerdau fizeram
paralisação com adesão total
No último dia 5, Pindamonhangaba sediou
uma das rodadas de negociação da Campanha Salarial da FEM-CUT/SP, a Federação
dos Sindicato dos Metalúrgicos da CUT no Estado de São Paulo.
A reunião ocorreu na Faculdade Anhanguera
e contou com dirigentes de vários sindicatos.
O Sindicato dos Metalúrgicos de Pinda
conduziu a reunião. Segundo
o presidente Herivelto Vela, no
mesmo dia, já havia ocorrido uma paralisação na Gerdau, o que contribuiu para
pressionar pelo avanço das negociações. O protesto teve adesão total, inclusive
dos trabalhadores terceirizados.
O índice
oficial do acumulado da inflação para o período da data-base que é 1° de
setembro ficou em 3,28%.
Segundo o presidente da federação, Luiz
Carlos Dias, o “Luizão”, os patrões estão intransigentes nas negociações e a
ameaça de retirada de direitos é feita por representantes de todos os segmentos
da categoria. Eles insistem inclusive no rebaixamento do piso
salarial.
“Está
se tornando comum ouvir dos patrões que o problema do desemprego é em função
dos altos salários ou dos benefícios pagos. Quando você tem uma mensagem vindo
do Governo Federal, dizendo que os brasileiros vão ter que decidir se preferem
empregos ou direitos, os representantes patronais se apropriam disso e dizem na
campanha salarial exatamente a mesma coisa”, disse.
Luizão
afirmou que essa campanha serve de referência inclusive para outras categorias.
“Representantes patronais pelo Brasil afora estão observando o que está
acontecendo aqui em São Paulo e a nossa responsabilidade acaba se tornando
maior. A gente não pode deixar se abater por esse cenário. A unidade dos
trabalhadores é o que pode fazer com que o patronal recue dessa posição.”
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