A
reabilitação oral através do uso de prótese dentária visa restabelecer a
funcionalidade e recuperar a autoestima do paciente, entretanto, o papel do
cirurgião-dentista neste processo não se resume apenas à confecção e instalação
da prótese. É necessário que o profissional se proponha a orientar e motivar o
paciente quanto à higienização das mesmas e dos tecidos da cavidade bucal, pois
o acúmulo de restos alimentares na superfície interna das próteses facilita a
colonização e a penetração de bactérias e fungos na resina formando uma placa
microbiana extremamente organizada. Deste modo, as próteses removíveis podem contribuir
para a evidenciação clínica de diversos processos patológicos. Alguns
procedimentos têm sido recomendados para prevenir a formação dessa placa como,
por exemplo, o uso de cloro. Os métodos mecânicos, como o uso de escova e creme
dental ou sabão, são os mais utilizados pelos usuários de prótese para remover
a placa bacteriana. A associação entre os meios químicos e mecânicos também se
mostra eficaz para a limpeza das próteses. O conhecimento dos métodos de
prevenção e controle da placa bacteriana é de suma importância para que o
cirurgião-dentista possa orientar o paciente a criar hábitos corretos de
limpeza das próteses e a incorporar a atividade de higienização à sua rotina de
cuidados com a saúde.
Técnicas de Higienização de
Próteses Dentárias Removíveis
As
próteses deverão ser removidas para limpeza sempre após a ingestão de
alimentos.
Para
a remoção dos fungos e bactérias aconselha-se fazer a diluição de uma colher de
cloro em um copo com 300 ml de água e deixar as próteses nessa mistura por 10 minutos.
Após, higienizar com escova dental comum ou especial, macia que facilite a
limpeza das superfícies internas e pasta não abrasiva ou sabão neutro. Na
região interna dos grampos, onde o acesso da escova dental é difícil, é
necessária a utilização de escovas interdentais ou escovas cilíndricas.
Os
pacientes com dificuldade motora para higienização da prótese podem utilizar
substancias químicas existentes no mercado. Os melhores produtos são os
peróxidos alcalinos, na forma de pastilhas efervescentes ou pó que quando
diluídos em água liberam oxigênio, limpando a prótese. Apresentam ainda ação
antimicrobiana e removem as manchas.
A
higienização das próteses é tão importante quanto à limpeza dos dentes
naturais.
Técnicas de Higienização de
Próteses Dentárias Fixas
As próteses fixas unitárias, quando bem desenhadas e bem adaptadas marginalmente, comportam-se como dentes naturais na sua limpeza e exigem do paciente os mesmos cuidados, isto é, boa escovação na técnica e no tempo corretos, complementada pelo uso do fio ou fita dental. Os portadores de pontes fixas necessitam de dispositivos especiais como escovas interdentais, passadores de fio dental, ou fios com a ponta endurecida, para a limpeza dos espaços protéticos.
O
mau desenho de uma prótese fixa, a má adaptação, o incorreto uso dos materiais
pelo laboratório e a limpeza insuficiente podem permitir a retenção de detritos
alimentares e bactérias, causando inflamação gengival e mau hálito, assim
também como o prazo para substituição das próteses deve ser respeitado, já que
uma prótese após sua vida útil passa a não exercer perfeitamente sua função
estética, mastigatória e fonética, além da possibilidade de uma má adaptação
causando inúmeros problemas como retenção de alimentos, desconforto e problemas
de saúde como doenças fungicas, hiperplásicas e neoplásicas (câncer bucal).
Dr. Nilton José Lira CRO/SP: 97089
Av.
Jorge Tibiriçá 659 sala 04- Centro Pindamonhangaba- Fone (12)
3527-0302
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