Luiz Antonio de Melo.
Jornalista. |
Eu não entendo nada de economia, mas na questão da PEC 241 –
conhecida como a PEC do Teto de Gastos – analisei os dois lados (os prós e os
contras) e tomei a minha posição a favor. Conversei ainda com alguns deputados,
entre eles o nosso representante do Vale do Paraíba, Eduardo Cury (PSDB), que
faz parte da Comissão Especial da PEC 241 na Câmara. E antes da aprovação na
Câmara, Cury ainda fez questão de dizer: “a PEC vai ser mais importante do que o
Impeachment da Dilma. A ex-presidente iria cair de qualquer jeito, era só uma
questão de tempo”
Em resumo, a PEC do teto dos gastos tem o objetivo de limitar o
crescimento das despesas do governo para reequilibrar as contas públicas.
O Brasil chegou em agosto deste ano com uma dívida no setor
público equivalente a 70% do PIB, 30% superior à média dos países emergentes. A
PEC vai fazer com que essa dívida não aumente nos próximos anos e que o governo
não se endivide ainda mais, pagando juros altos para poder financiar essa
conta.
Essa PEC do Teto dos Gastos nada mais é do que pegar como
referência o gasto público deste ano, corrigido pelo IPCA (Índice de Preço ao
Consumidor Amplo) e estabelecer o valor como teto para o gasto público do ano
que vem, fazendo isso todos os anos sucessivamente. É impor limites nos gastos
exorbitantes e discrepantes à receita pública.
O governo não cancelará investimentos como vem propagando os
discursos da oposição e de todas as pessoas contrárias a essa PEC. Todo ano
haverá investimentos. Só que eles serão limitados aos gastos público do ano
anterior e – como foi dito antes - corrigido pelo IPCA.
O debate mais ríspido sobre a PEC 241 está na questão da Saúde e
Educação. Os críticos ao projeto acham que os investimentos nessas duas áreas
sofrerão uma queda no já defasado recurso financeiro.
Nessas duas áreas, o limite dos gastos acontecerá somente a
partir de 2018. E será da mesma forma: pegando como base o custo de 2017,
corrigido pelo IPCA e assim todos os anos sucessivamente.
Mas, segundo representantes do governo Temer, esses dois
setores, considerados essenciais, serão tratados como prioridade e, caso seja
necessário, o governo poderá destinar mais verbas.
Para a equipe econômica do governo Michel Temer, a PEC do Teto
dos Gastos é a única saída plausível para conter os gastos público e tirar o
país dessa recessão excessiva que deixou 12 milhões de chefe-de-família
desempregados.
É claro que um projeto como esse tem as suas falhas, pela sua
complexidade, mas que podem ser sanadas.
Na questão do debate político, a PEC 241 nos faz lembrar do
Plano Real, nascido na junção de Itamar/FHC, que foi veementemente criticado
pelo PT, em discurso estritamente político puxado por Lula. Por ironia do
destino e pelo bem do Brasil, o Plano real ajudou o PT a governar e já
completou mais de duas décadas de sucesso.
É esse sucesso que esperamos da PEC 241.
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