terça-feira, 25 de agosto de 2020

Brasil cria 131 mil postos formais de trabalho em julho


Depois de vários meses extinguindo postos de trabalho por causa da pandemia do novo coronavírus, o país voltou a criar empregos formais em julho. Segundo dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), da Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia, 131.010 postos de trabalho com carteira assinada foram abertos no último mês. O indicador mede a diferença entre contratações e demissões.

Essa foi a primeira vez desde fevereiro em que o emprego formal cresceu. No acumulado do ano, no entanto, o mercado de trabalho continua sentindo o impacto da pandemia. De janeiro a julho, foram fechadas 1.092.578 vagas, o pior resultado para os sete primeiros meses do ano desde o início da série histórica, em 2010.

 

Setores

 

Na divisão por ramos de atividade, quatro dos cinco setores pesquisados criaram empregos formais em julho. A estatística foi liderada pela indústria, com a abertura de 53.590 postos. O indicador inclui a indústria de transformação, de extração e de outros tipos.

Com 41.986 novos postos, a construção vem em segundo lugar, seguida pelo grupo comércio, reparação de serviços automotores e de motocicletas, com 28.383 novas vagas. Em quarto lugar, vem o grupo que abrange agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura, com 23.027 postos.

O único setor a registrar fechamento de postos de trabalho foi o de serviços, com a extinção de 15.948 postos.

 


Regiões

 

Todas as regiões brasileiras criaram empregos com carteira assinada em julho. O Sudeste liderou a abertura de vagas, com 34.157 postos a mais, seguido pelo Nordeste com 22.664 postos criados e pelo Sul com mais 20.128 postos. O Centro-Oeste abriu 14.084 postos de trabalho e o Norte criou 13.297 postos formais no mês passado.

O Vale do Paraíba registrou o primeiro mês com saldo positivo no emprego formal (carteira assinada) desde o início da pandemia. Segundo o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério da Economia, a região encerrou julho com 288 postos de trabalho abertos.

O último mês do ano com saldo positivo foi fevereiro, com 1.910 vagas abertas. De lá para cá, a pandemia afetou o setor produtivo e culminou em seguidos meses de demissões: -7.045 em março, -13.609 em abril, -6.131 em maio e -2.713 em junho.

No entanto, as 288 vagas de emprego abertas em julho não foram suficientes para reverter o saldo negativo do ano, que acumula 27.103 empregos perdidos. O resultado é fruto de 85,3 mil admissões e 112,4 mil desligamentos.

Entre as cidades, São José dos Campos perdeu 7.761 empregos de janeiro a julho, Taubaté cortou 4.908, Jacareí fechou 1.822 postos e Guaratinguetá tem saldo de -1.355.


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