quarta-feira, 24 de junho de 2020

Assembleia na Gerdau aprova nova etapa de lay-off

O novo presidente do sindicato, André Oliveira, sindicalista pela Gerdau
Fábrica Gerdau de Pindamonhangaba; hoje cerca de 600 trabalhadores já estão em alguma medida para preservar empregos
 
Negociação do sindicato chega na 3ª medida para preservar os empregos e diminuir o impacto da crise sobre os trabalhadores

Os trabalhadores da Gerdau, em Pindamonhangaba, aprovaram em assembleia a aplicação de mais uma etapa de lay-off na fábrica.
A assembleia ocorreu de forma on-line durante os dias 23 e 24. A proposta teve aprovação de 90%, com 931 votos a favor, 70 contra e 34 abstenções.
O programa será a terceira medida para preservação de empregos na crise do Coronavírus – Covid 19. Em março, a fábrica aplicou férias coletivas, pela Medida Provisória 927, que abrangeu 90% do efetivo e, em maio, houve aplicação da MP 936, ambas por meio de acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos, em condições mais favoráveis aos trabalhadores.
Segundo o sindicato, a direção da Gerdau ainda não definiu a quantidade de trabalhadores que estarão no programa, apenas que ele vai abranger os que integram o grupo de risco e que primeiro ela irá esgotar a aplicação das medidas provisórias, que hoje envolvem cerca de 600 funcionários.
Durante o lay-off, que pode durar de dois a cinco meses, os trabalhadores farão cursos on-line oferecidos pela empresa. O salário é pago em parte pelo governo, com base no cálculo do seguro-desemprego, e a fábrica vai pagar uma complementação, também negociada com o sindicato.
O novo presidente da entidade, André Oliveira - Andrezão, avaliou como positiva a implantação do programa.
“A Gerdau está muito ligada ao ramo automotivo e está sentido o peso da crise. E mesmo nesse momento difícil, nós temos conseguido manter os empregos e nessa terceira medida ainda vamos garantir 80% do salário líquido do trabalhador. Conseguimos congelar os descontos de convênios médicos, farmácia e empréstimos da cooperativa pra que o trabalhador não seja tão afetado nessa crise”, disse.
A unidade, do ramo do aço, emprega cerca de 2.000 funcionários.


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