sexta-feira, 26 de junho de 2020

Aulas presenciais em SP voltam a partir de 8 de setembro



O governador de São Paulo, João Doria, anunciou ontem (24) que as aulas presenciais na rede de ensino do estado voltarão a partir de 8 de setembro, em sistema de rodízio. Segundo Doria, a medida afeta 13,3 milhões de alunos tanto da rede pública quanto da rede privada e contempla todas as etapas de ensino, do infantil ao universitário de São Paulo.
O anúncio terá as regras publicadas em decreto no dia 2 de julho. "Construímos um plano com protocolos bem definidos de distanciamento social, monitoramento de saúde dos alunos, higiene pessoal e dos ambientes escolares, para garantir essa segurança nas escolas públicas municipais, estaduais e também a recomendação para as escolas privadas em todo o estado de São Paulo", disse o governador João Doria.
As aulas presenciais na rede estadual de São Paulo estão suspensas desde o dia 23 de março, como medida de controle da propagação do novo coronavírus. Atualmente, as aulas das escolas estaduais ocorrem de forma remota e online, sendo transmitidas por meio do aplicativo Centro de Mídias SP (CMSP), plataforma criada pela secretaria de Educação durante a pandemia do novo coronavírus. Ela também é transmitida por meio dos canais digitais na TV 2.2 - TV Univesp e 2.3 - TV Educação.
O retorno às aulas foi planejado com base no Plano São Paulo de retomada econômica do estado. O Plano São Paulo é dividido em cinco fases que vão do nível máximo de restrição de atividades não essenciais (vermelho) a etapas identificadas como controle (laranja), flexibilização (amarelo), abertura parcial (verde) e normal controlado (azul).
O retorno completo das aulas, com a totalidade dos alunos e professores, só acontecerá quando a quase totalidade (80%) das regiões do estado estiverem na fase verde de reabertura.
Os profissionais da área de educação e os alunos que compõem o grupo de risco para a covid-19 [doença provocada pelo novo coronavírus], seja por idade ou por apresentar comorbidades, deverão permanecer em casa.
Já os alunos, funcionários e professores que estiverem na escola terão que fazer uso obrigatório de máscara nas aulas presenciais.
Serão organizadas as entradas e saídas dos alunos para evitar aglomeração e horários de pico no transporte público. Realização de feiras, palestras, seminários, assembleias ou campeonatos esportivos escolares estarão proibidos. Os horários de intervalo ou recreio serão feitos com revezamento de turmas e em horários alternados. E as atividades físicas deverão ser feitas principalmente ao ar livre. A sala de aula terá que ser ventilada, de preferência com as portas abertas.
Serão disponibilizados equipamentos de proteção individual (EPIs) para funcionários das escolas estaduais, segundo cada tipo de atividade. Também serão distribuídas máscaras. Os banheiros das escolas terão que ser higienizados a cada três horas, no mínimo. E o lixo também terá que ser retirado ao menos três vezes por dia.
Protocolos específicos sobre a volta às aulas, como o de quem serão os alunos que vão compor os 35% de retorno para a escola, estão sendo elaborados pela Secretaria de Educação e serão divulgados em breve.
Outro assunto que está em estudo pelo governo paulista é o que prevê um quarto ano do Ensino Médio, de forma optativa, para alunos que estejam concluindo o curso em 2020 e que queiram se preparar melhor para a universidade.
Já as instituições de ensino ou rede terão autonomia para escolher as melhores estratégias junto com a comunidade escolar ou acadêmica. As prefeituras são autônomas para regulamentar o plano de retomada a partir do dia 2 de julho.

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