O Dia Mundial do
Coração é celebrado em 29 de setembro, e é cada vez mais importante para
conscientizar a população da necessidade constante de práticas saudáveis.
A data foi
escolhida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) justamente porque as doenças
do coração são a principal causa de morte no mundo. “São mais de cem mortes por
dia, cerca de 46 por hora, uma morte a cada um minuto e meio. A Sociedade
Brasileira de Cardiologia estima que, ao final deste ano, quase quatrocentos
mil brasileiros morrerão por doenças do coração. Muitas dessas mortes poderiam
ser evitadas com cuidados preventivos e medidas de tratamento”, afirma o Prof.
Dr. Kleber Hirose, especialista em Cirurgia Cardiovascular e Estimulação
Cardíaca Artificial e professor de Cirurgia do Departamento de Medicina da
Universidade de Taubaté (UNITAU).
A população deve
ficar atenta aos fatores de risco: “A ingestão de álcool, o colesterol elevado,
o diabetes, o estresse, a hipertensão, o sedentarismo, a obesidade e o
tabagismo”, esclarece o professor.
O especialista
ainda recomenda: “Na presença de sintomas como dor torácica em específico, ou
com irradiação para o ombro esquerdo, pescoço, membro superior esquerdo,
abdominal na região do estômago, ou qualquer desconforto, procure atendimento
médico imediato”.
O mês de
setembro, além da denominação de Setembro Amarelo e Verde, também promove a
conscientização sobre as doenças cardiovasculares por meio do Setembro
Vermelho, iniciativa criada em 2000 pela Federação Mundial do Coração com o
apoio das Nações Unidas. O mês foi escolhido justamente por terminar com o Dia
Mundial do Coração.
Com a pandemia e
o isolamento social, as pessoas deixaram de ir a locais fechados para se
exercitar, mas o sedentarismo pode ser combatido mesmo dentro de casa. “Apesar
das medidas de distanciamento social, é possível realizar atividade física em
casa e em ambientes externos, com o uso de máscara e distanciamento social”,
declara o professor.
A prática de
exercícios físicos deve ser feita cuidadosamente, de acordo com o professor.
“Caso haja dúvidas, necessidade de orientações, histórico familiar de infarto
ou morte súbita, antes de iniciar a atividade física regular, principalmente a
partir dos 40 anos, ou idade inferior com sintomas, procure agendar consulta
com brevidade com um cardiologista”.
Segundo o
professor, além do sedentarismo, é importante também se manter atento a uma
alimentação saudável principalmente com legumes, verduras e determinados tipos
de frutas. Aveia, azeite de oliva, salmão, atum, suco de uva integral, maçã e
as oleaginosas também são importantes alimentos que beneficiam o coração.
O Ministério da
Saúde disponibiliza a Dieta Cardioprotetora Brasileira, desenvolvida em
conjunto com o Hospital do Coração (HCOR), a fim de prevenir as doenças
cardiovasculares e por ser adaptável em todo o território nacional. A dieta
recebe as cores da bandeira nacional e é composta pelas categorias verde
(consumir em maior quantidade), amarela (consumir com moderação) e azul
(consumir em menor quantidade).
Grupo
verde: Composto
por frutas, verduras, legumes, feijão, leite e iogurte desnatado, por exemplo.
São opções que podem ser consumidas mais vezes ao dia. São considerados os
alimentos mais cardioprotetores, que só têm nutrientes bons, como
antioxidantes, fibras, vitaminas e minerais.
Grupo
amarelo: É formado por arroz, macarrão, pão, margarinas, óleos e castanhas,
entre outros. Devem ser consumidos de forma moderada, por fornecer mais energia
e carboidratos.
Grupo
azul: São
alimentos como carnes vermelhas, ovos, manteiga e queijos, que precisam ser
ingeridos em menor quantidade ao longo do dia, por causa da quantidade de
gordura saturada, colesterol e sódio, mas que, ao mesmo tempo, também são
necessários para a nossa saúde.
Foto: Leonardo Oliveira
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