A
Justiça do Trabalho oficializou nessa sexta-feira, dia 25, a reintegração de um
funcionário acidentado na Elfer, em resposta a ação movida pelo Sindicato dos
Metalúrgicos de Pindamonhangaba-CUT. Na quinta, mais um acidente ocorreu.
Anderson
Lopes tem oito anos de empresa, sofreu acidente um ano depois que entrou, em
2008, quando tirava cavaco e a serra desceu na sua mão. O detalhe é que ele nem
deveria estar ali. “Eu era embalador, ficava em outro setor, nem tinha
capacitação pra fazer aquele serviço. Mas a produção estava alta e o meu
encarregado mandou”, disse.
Apesar
de sua lesão e o vínculo dela com o trabalho já ter sido comprovada pelo INSS
há três anos, no começo deste mês a direção da Elfer decidiu demiti-lo. O Sindicato
tentou negociar, mas não adiantou. “Insistimos que essa demissão era
arbitrária. É uma fábrica muito difícil de negociar, sobre qualquer assunto”,
disse o presidente interino do sindicato, Romeu Martins.
Com a
decisão judicial nas mãos, Anderson comemorou, mas nem tanto. “Me sinto muito
feliz em voltar, porque fez valer o meu direito, mas não contente pelo jeito
que a fábrica me tratou, como se eu não fosse ninguém. Eu não consigo mais
fazer força com a mão direita, nem movimentos de pinça. Uso mais a mão
esquerda, porque a direita ficou quase inválida. É uma coisa que vou carregar
até morrer.”
Nessa
quinta-feira, dia 24, mais um acidente aconteceu na Elfer. Um operador teve o
dedo prensado em uma máquina. Assim como no caso de Anderson, o funcionário foi
deslocado de outro setor. Só este ano, foi o quarto acidente envolvendo lesões
nas mãos. A fábrica tem cerca de 70 funcionários e atua no ramo de alumínio no
bairro Feital.
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