Funcionários da Secretaria de Saúde denunciam irregularidades no setor
Recebemos nesta segunda-feira, dia 25, uma séria denúncia de funcionários da Secretaria de Saúde, mais especificamente do setor de controle de vetores (Dengue), reclamando que já há algum tempo vem sofrendo com problemas internos e externos.
Segundo a denúncia, os funcionários estão sofrendo com pressão, constantes reclamações e ameaças, tendo ainda que trabalharem sem as condições mínimas necessárias, em um prédio com diversos problemas de estrutura e num setor com possíveis desvios de função.
De acordo com os denunciantes, existem duas funcionárias do setor (Agente de Controle de Vetor) que há mais de um ano não saem às ruas para exercer suas funções, ficando apenas dentro do escritório, como secretárias, mas recebendo o salário de um agente, com a devida insalubridade (no escritório não há riscos), o que caracteriza desvio de função. Ainda segundo a denúncia, não há demanda interna para duas funcionárias, que poderiam estar na rua combatendo a dengue.
Outra queixa é pela falta de material de proteção dos agentes. O grupo é responsável por combater a dengue na cidade, tendo muitas vezes que aplicar inseticidas (fumace). No entanto, os funcionários alegam queos aplicadores não possuem material adequado para aplicação e que não há máscaras suficientes para todos os agentes que vão à frente dos aplicadores abrindo as casas e ajudando os moradores a saírem das casas com seus animais, inalando assim pequenas doses do produto.
Constantemente os agentes recebem ameaças de corte do valor da insalubridade, um absurdo, uma vez que eles sobem barrancos, entram em terrenos baldios, coletam escorpiões, abelhas, cobras, são expostos a veneno, a sol e a animais. Tudo isso sem falar que em época de pesquisas precisam coletar amostras dos mosquitos em lugares que ninguém imagina, como esgoto, caixa d'água, sifão de pia, churrasqueira, calhas, coxos de animais, etc.
Além de todos os problemas enfrentados na rua, os agentes ainda precisam encarar as péssimas condições do prédio que abriga o setor. Conforme a denúncia, o teto do vestiário masculino (que não possui porta) está cedendo, o esgoto do prédio volta rotineiramente - e os funcionários almoçam sob um mau cheiro - nessa época de chuva o banheiro fica alagado, o esquema de energia do prédio é instável – recentemente queimou o micro-ondas onde os agentes esquentavam a comida (problema resolvido com uma vaquinha para pagar o concerto), o mesmo também aconteceu com a geladeira. Os funcionários ainda reclamam de falta de crachá de identificação e uniforme, o que dificulta a identificação do agente pela população.
O que mais nos choca, além das péssimas condições de trabalho desses funcionários, é saber que essa denúncia foi enviada no último dia 04 de novembro para a Secretária de Saúde, para a Diretora de Riscos e Agravos e para o RH da prefeitura. Até o presente momento ninguém respondeu ou ao menos verificou as denúncias. Ou seja, um descaso, pois os agentes estão pedindo socorro!
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