A Universidade de Taubaté (UNITAU) firmou contrato de aluguel no valor total de R$ 27 milhões para instalar um novo curso de Medicina no município de Cruzeiro, mesmo diante de diversas polêmicas envolvendo o imóvel e a forma como a negociação foi realizada.
O prédio, ainda em fase inicial de construção, foi alugado com dispensa de licitação pelo valor de R$ 240 mil mensais, por um período de 10 anos, renovável. O investimento milionário com recursos públicos de Taubaté surpreende e levanta dúvidas sobre a legalidade e os critérios da contratação.
A situação torna-se ainda mais delicada pelo fato de a família proprietária do imóvel figurar entre os maiores devedores de IPTU de Cruzeiro, com diversos processos na Justiça, envolvendo loteamentos irregulares e parcelamentos ilegais do solo. Não está claro como essa família conseguiu obter as certidões necessárias para firmar contrato com uma autarquia municipal.
O caso chama atenção principalmente por ocorrer em um momento em que o curso de Medicina de Taubaté enfrenta dificuldades estruturais e o hospital universitário da cidade passa por sérios problemas. Mesmo assim, a reitora da UNITAU, Nara, decidiu expandir para o fundo do Vale do Paraíba, em uma região onde já existe uma moderna faculdade de Medicina em Lorena, do Grupo Serra Dourada.
A população questiona a prioridade do investimento. Com tantos desafios internos, o aluguel milionário para um imóvel inacabado, sem processo licitatório, e com vínculos jurídicos problemáticos, soa no mínimo estranho.
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