A Prefeitura de Pindamonhangaba promoverá a terceira edição
do Prêmio Mestre Cultura Viva. O evento de premiação acontecerá no próximo dia
19 de outubro, terça-feira, quando cinco artistas do município receberão a
homenagem por promover ações de incentivo e propagação da cultura.
O edital do Prêmio Mestre Cultura Viva de Pindamonhangaba
busca instituir uma política de transmissão dos saberes e fazeres de tradição
oral em diálogo com a comunidade, para o fortalecimento da identidade cultural
da sua população por meio de reconhecimento político, econômico e sócio
cultural daquelas pessoas consideradas mestres de tradição oral.
Este prêmio é parte integrante das estratégias de ações
previstas no Plano Nacional de Cultura, na Lei Orgânica Municipal, no Sistema
Municipal de Cultura e no Plano Municipal de Cultura, que propõem a criação de
políticas de transmissão dos saberes e fazeres das culturas populares e
tradicionais, por meios de mecanismos de reconhecimento formal dos mestres
populares e circulação de seus saberes.
“Quero parabenizar o nosso secretário de Cultura Alcemir
Palma e toda sua equipe por valorizar essas personalidades da nossa cultura
popular propondo com isso que esse tipo de expressão tenha seu reconhecimento e
seja transmitido para as novas gerações”, afirmou o prefeito Dr. Isael
Domingues.
A entrega da premiação acontecerá dia 19, às 10 horas, no
Auditório do Palacete 10 de Julho e contará com a presença do prefeito Dr.
Isael Domingues, secretário de Cultura e Turismo, Alcemir Palma, vereadores e
outras autoridades.
Homenageados
Os cincos homenageados selecionados para esse ano:
Nena da Viola
Antônio José Azeredo Salgado, mestre compositor, violeiro,
percussionista e contador de causos, conhecido como Nena da Viola, tem 71 anos
e nasceu em Pindamonhangaba. Conhecido como um compositor nato, faz misturas
aparentemente fora do convencional, mas que despertam o ritmo do corpo e
afloram as asas da mente. Músicas para entender e sentir com o ouvido e o
coração.
Benedito Marcelino – Cebola
Jarbas da Silva
Exímio marceneiro, nascido em Pindamonhangaba, hoje com 85
anos, sr. Jarbas aprendeu o oficio com os marceneiros da Estrada de Ferro
Central do Brasil que iam trabalhar em sua casa com seu pai, que era chefe da
estação em Moreira César. Assim, apaixonou-se pelo trabalho em madeira, o que o
levou a estudar no Núcleo de Ensino Ferroviário de Pindamonhangaba, onde
recebeu o diploma de Marceneiro. Logo começou a trabalhar em marcenaria até se
tornar proprietário da Marcenaria Esperança, e lá ficou até se aposentar.
Lecionou na Escola Técnica João Gomes de Araújo onde montou
uma oficina de marcenaria e deu aula da técnica até a prática, formando
inúmeros marceneiros.
Hoje, ainda exerce a função de marceneiro no quintal de sua
casa produzindo pequenos trabalhos artísticos.
Conhecida artesã em fuxico, Solange, carioca de nascença e
pindense de coração, hoje com 79 anos ainda trabalha com o artesanato. Aprendeu a bordar aos 6 anos de idade, com a
mãe que foi bordadeira profissional. Ao
passar do tempo houve variações de bordados e Solange sempre se aperfeiçoando,
fez muitos cursos e oficinas. Também aprendeu a fazer crochê com a mãe e fez
muitas roupinhas para boneca.
O bordado de aplicação veio logo em seguida em toalhinhas
para colocar em cima de móveis de sala de jantar ou de lencinhos para bolsas.
Também trabalha com pintura em tecido, em vidro, madeira, cerâmica, cabaça e
com fuxico
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