Segundo Sincovat, na comparação com
agosto de 2016, o comércio registrou queda de 1% nos postos de trabalho
Em agosto, o comércio varejista da Região
Metropolitana do Vale do Paraíba criou 463 postos de trabalho formais,
resultado de 3.497 admissões contra 3.034 desligamentos. Em 12 meses, foram
extintos 984 empregos com carteira assinada, o que levou a um recuo, na
comparação com o mesmo mês do ano passado, de 1% do estoque total, que atingiu
99.626 trabalhadores formais no mês.
Os dados recebidos pelo Sincovat
(Sindicato do Comércio Varejista de Taubaté e região) são da Pesquisa de
Emprego no Comércio Varejista do Estado de São Paulo (PESP) elaborada pela
FecomercioSP. O estudo é feito com base nas informações do Ministério do
Trabalho por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), e o
impacto do seu resultado no estoque estabelecido de trabalhadores no Estado de
São Paulo é obtido com base na Relação Anual de Informações Sociais (Rais).
Das nove atividades analisadas, quatro
apresentaram crescimento no número de trabalhadores formais em agosto na
comparação com o mesmo mês de 2016, com destaque nos segmentos de autopeças e
acessórios (2,3%), lojas de eletrodomésticos e eletrônicos e lojas de
departamento (1,4%) e supermercados (0,7%). Por outro lado, as quedas mais
expressivas foram observadas nos segmentos de lojas de móveis e
decoração (-6%), concessionárias de veículos (-4,5%) e lojas de vestuário,
tecido e calçados (-3,7%).
Desempenho estadual
O comércio varejista no Estado de São
Paulo criou novas vagas de emprego pelo segundo mês consecutivo. Em agosto,
foram abertos 7.477 postos de trabalho celetistas, resultado de 71.560
admissões e 64.083 desligamentos. É a terceira vez ao longo de 2017 que o setor
registra geração de empregos, sendo o maior saldo desde novembro de 2016. Com o
resultado, o varejo encerrou o mês com um estoque total de 2.065.908
trabalhadores. No acumulado dos últimos 12 meses, foram extintos 5.155 empregos
com carteira assinada, número bem inferior na comparação entre setembro de 2015
e agosto de 2016, quando foram perdidos 66.527 vínculos celetistas.
De acordo com a assessoria econômica da
FecomercioSP, além do processo de reação do mercado de trabalho neste segundo
semestre, que nos parece ser real, observou-se que em agosto, sazonalmente, há
geração de vagas, pois o número de desligamentos de trabalhadores é normalmente
mais baixo nesse mês, que antecede a celebração da convenção coletiva de
trabalho da categoria. Isso ocorre porque o artigo 9° da Lei Federal nº 7.238/14
determina que: “O empregado dispensado, sem justa causa, no período de 30
(trinta) dias que antecede a data de sua correção salarial, terá direito à indenização
adicional equivalente a um salário mensal, seja ele optante ou não pelo Fundo
de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS)”. Esse aumento no custo de dispensa de
um funcionário desestimula o empresário do varejo a demitir sem justa causa e,
por isso, o resultado de 64.083 desligamentos em agosto foi o segundo menor
patamar mensal desde o início da série histórica da pesquisa, em 2007.
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