Crédito
da foto: Guilherme Moura
Legenda:
Assembleia aprovou por grande maioria proposta de reajuste de 3%, com aumento
real, abono de R$ 1.000 e renovação da CCT
Reajuste com aumento real e renovação da
Convenção Coletiva estão garantidos
Após
24 horas de greve, os trabalhadores da Novelis aprovaram a proposta da Campanha
Salarial.
Além
do reajuste salarial de 3% (1,73% do índice da inflação, mais 1,25% de aumento
real), o acordo garante um abono de R$ 1.000 e a renovação da CCT - Convenção
Coletiva de Trabalho, com direitos específicos da categoria.
De
acordo com o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Pindamonhangaba,
Herivelto Vela, o abono será pago a todos os trabalhadores no próximo dia 16,
quando será injetado R$ 1,2 milhão na economia da cidade. O dia da greve será
abonado.
“Esse valor de R$ 1000 e com prazo rápido de
pagamento será um alívio para o trabalhador e terá uma inserção importante na economia
local. Isso é resultado da adesão dos trabalhadores à greve, inclusive dos
terceiros. A fábrica inteira parou. A proposta saiu às 23h, depois que a
empresa viu que todos os turnos aderiram”, disse.
Ainda
segundo Vela, o acordo irá favorecer a negociação em outras empresas. “Já
estamos com negociação em andamento com a Gerdau, Elfer, Bundy e muitas outras,
e isso contribui inclusive para as negociações com o setor patronal na Fiesp”,
disse.
A
Novelis é representada na Fiesp pelo Sindicel, sindicato patronal que ainda não
aceitou pagar nenhum reajuste salarial nem renovar a CCT, nas negociações com a
FEM-CUT/SP (Federação dos Sindicatos de Metalúrgicos da CUT em São Paulo).
A
Novelis emprega 1.200 trabalhadores na fabricação de chapas de alumínio.
DENÚNCIA
O
Sindicato dos Metalúrgicos acionou o MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) na
tarde dessa segunda-feira, denunciando que a Novelis estava submetendo um grupo
de 200 trabalhadores que entraram na noite de domingo a uma jornada acima do
limite legal.
A
direção da Novelis insistiu em não liberá-los, coordenadores continuaram
ameaçando demitir os funcionários se eles saíssem da empresa e assim muitos
chegaram a ficar 24 horas na fábrica.
A
direção do sindicato acredita que o MTE ainda tomará providências a respeito.
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