Legenda: Valdir e o presidente Herivelto Vela entregam cheque de pagamento a Raimundo Nogueira, que ficou 13 anos exposto às más condições de trabalho
O
Sindicato dos Metalúrgicos de Pindamonhangaba iniciou nessa terça-feira, dia
25, o pagamento do processo judicial coletivo da Harsco, movido pelo sindicato para
cobrar adicionais de periculosidade e insalubridade.
O
processo 944/2009 envolve cem trabalhadores, entre atuais e ex-funcionários, e
irá injetar ao total cerca de R$ 1,2 milhão na economia da cidade. A segunda
parcela será paga no dia 25 de novembro.
A
assembleia que aprovou o acordo ocorreu há pouco mais de dois meses, no dia 14
de agosto.
Segundo
o dirigente sindical Valdir Augusto, ao longo de sete anos o sindicato tem
cobrado da direção da Harsco o pagamento desses adicionais e que a empresa
tenha mais compromisso com a segurança.
“O
ideal seria que a fábrica prezasse pela saúde e integridade física dos funcionários,
mas enfim a justiça está sendo feita. O que ocorre hoje é fruto de um trabalho
em equipe e feito com transparência”, disse Valdir, que também é coordenador
adjunto da CUT na região.
Raimundo
Nogueira Mendes, de 41 anos, é um dos envolvidos no processo. Ele trabalhou por
13 anos como mecânico na Harsco. “A gente ficava muito exposto, com óleo
diesel, graxa, produto químico, não tinha material apropriado, às vezes ficava
com cinco, seis empilhadeiras dentro da oficina, cada uma com um botijão de
gás. Esse dinheiro vai mudar muita coisa. Hoje eu faço a mesma função na
Latasa, só que lá eles pagam o adicional”, disse Raimundo.
Todos
os envolvidos já consultaram o Departamento Jurídico a respeito do processo.
Até sexta-feira, o sindicato está fazendo um atendimento especial para realizar
os pagamentos.
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