O juiz do TER Paulo Hamilton,relator do
processo que deferiu em São Paulo o registro de candidatura no mês de setembro
do ano passado é também . relator do processo que indeferiu o processo da coligação Pinda pra frente na
semana passada esta sendo investigado
por tentar supostamente forjar o seu próprio seqüestro .
Confira na integra á matéria publicada
pelo jornal do Estado de São Paulo do dia 18 de Julho.
Paulo Hamilton Siqueira Junior
passou à condição de suspeito por
comunicação falsa de crime e pode se tornar alvo de investigação policial vítima
de sequestro relâmpago - que teria ocorrido a um mês das eleições de 2012 -, o
juiz Paulo Hamilton Siqueira Junior, do Tribunal Regional Eleitoral
(TRE) de São Paulo, passou à condição de suspeito por comunicação falsa
de crime e pode se tornar alvo de investigação policial. Na semana passada, a
Justiça Federal determinou a remessa para o Superior Tribunal de Justiça (STJ)
dos autos do inquérito em que é colocada em xeque, até sob ironias, a versão de
Hamilton, que alega ter sido atacado por dois homens em uma motocicleta, nos
Jardins, na noite de 5 de setembro de 2012.
Hamilton integra lista tríplice em
poder da presidente Dilma Rousseff (PT) para cadeira de magistrado eleitoral
efetivo em São Paulo. Ele é substituto pela segunda vez consecutiva. Seu
mandato expira nesta quinta feira, 20. Relatório de Inteligência da Polícia
Federal concluiu pela inexistência do sequestro, após análise de imagens de
equipamentos de segurança. “De fato, as imagens colhidas dos circuitos de
vigilância eletrônica arrancam pelas raízes toda a credibilidade da versão de
um sequestro, uma vez que as incongruências entre o que foi narrado pelo
magistrado e as imagens colhidas são patentes.”
A PF não aponta os motivos que teriam
levado o juiz a forjar a história do sequestro porque não podia fazer essa
investigação. A transferência do caso para o STJ foi decretada porque Hamilton como
juiz do TRE, tem foro privilegiado. Foi pedido acesso a extrato telefônico do
magistrado e levantamento junto às Estações Rádio Base da operadora do celular
de Hamilton para mapear seus movimentos naquela noite. A Justiça considera que
essas medidas configuram quebra do sigilo telefônico, por isso declinou da
competência em favor do STJ, instância competente para investigar o magistrado.
A história de Hamilton é repleta de
furos e incoerências, na avaliação da PF. Ele disse que foi cercado por dois
estranhos na Alameda Ribeirão Preto. Um estranho teria apontado arma de fogo e
obrigado o juiz a permitir que o outro entrasse em seu carro. O segundo homem
teria dito que “iria fazer uma coisa” e que “o sequestro seria rápido”.
Hamilton contou que teve que dirigir
até a Rua Haddock Lobo, onde parou o carro perto de uma caixa dos Correios e a
ele foi ordenado que postasse ali um envelope. Depois, segundo o juiz, ao
descer do carro o suposto sequestrador disse. “Boa sorte no eleitoral.”
Jurista. A PF foi acionada pela
Presidência do TRE que chegou a levantar a suspeita de crime com motivação
política. O TRE tem 7 juízes. Dois assentos são exclusivos da classe jurista,
para advogados, caso de Hamilton, sócio titular de escritório.
Foram dois os envelopes, de cor branca,
que chegaram ao TRE após o suposto sequestro, um destinado ao próprio Hamilton,
o outro à juíza Clarissa Campos Bernardo, também advogada. A PF recolheu um
pedaço de papel com frases desconexas. “Nós gostamos do Paulo Alcides, Lucon,
Nuevo Campos, Galdino. Cuidado dra. Clarissa - dr. Paulo Hamilton. É muito
fácil plantar prova. Pegue leve na decisão. Sejam felizes, prof. Paulo??????”
“A autoridade policial constatou
diversas contradições no relato da vítima”, destaca a Justiça Federal. “A
vítima teria omitido informações importantes, as quais, inclusive, foram
citadas pela testemunha Clarissa Campos Bernardo, também juíza do TRE/SP,
destinatários do envelope postado pela vítima.”
As informações são do jornal O Estado
de S. Paulo.
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