Tão logo foi aprovado, iniciou-se nas
redes sociais um movimento de oposição ao projeto
Na sessão de câmara do dia 28 de março de 2022, foi
apresentado o projeto de lei 38/2022 que: [ementa da lei] “dispõe sobre a
instalação de câmeras de monitoramento, alarmes e outros dispositivos de
segurança nas escolas e creches públicas e particulares de Pindamonhangaba.”
Na sessão do dia 23 de fevereiro deste ano, o projeto, de
autoria do vereador Marco Mayor, foi aprovado por 6 votos a 4. O vereador
Gilson Nagrin foi um dos parlamentares a dar seu voto favorável ao projeto.
Tão logo foi aprovado, iniciou-se nas redes sociais um
movimento de oposição ao projeto, encabeçado por Érika Cândido, professora da
rede municipal de ensino e militante da educação e do Psol em Pinda.
Em seu perfil no Facebook, Érika gravou vídeos direcionados
a cada um dos vereadores favoráveis ao PL 38/2022, pontuando suas objeções e
deixando clara a sua interpretação acerca das intenções do projeto: “[...] que é pra vigiar, que é pra
perseguir. Eles estão colocando que é pra segurança, mas eles não estão
pensando na segurança das escolas [...]” - trecho do vídeo endereçado ao
vereador Gilson Nagrin, postado em 25 de fevereiro.
Três dias após a postagem do vídeo, Gilson Nagrin recebe
denúncias de agressão de uma professora do 4º ano do ensino fundamental da
Escola Municipal André Franco Montoro, no bairro do Crispim, contra seus
alunos, com idades de 8 a 10 anos. Após o vereador dar publicidade ao caso por
meio da tribuna da câmara, Érika Cândido se manifesta novamente, desta vez em
favor da professora que, segundo Érika, estaria sendo vítima de perseguição.
Gilson Nagrin aproveitou o ocorrido e se posicionou: “Essa é uma boa oportunidade de avaliarmos a
importância das câmeras de segurança. Se Érika tem razão e a professora, de
fato, está sendo perseguida, as câmeras lhe garantiriam proteção. Então não
podemos misturar as coisas e precisamos entender que a medida traz segurança
para todos. E sobre o que eu disse em relação à doutrinação, isso não reflete o
PL 38/2022, que nem de longe esboça essa ideia.”
O caso de agressão da professora da escola André Franco
Montoro segue sob os cuidados da secretaria de educação de Pindamonhangaba.
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