No dia 1° de dezembro foi instituído o dia internacional da luta contra a AIDS, que, de acordo com o site oficial do Ministério da Saúde, visa despertar a necessidade da prevenção, promover o entendimento sobre a doença e incentivar a análise pela sociedade e órgãos públicos. No Brasil, o dia começou a ser comemorado no final dos anos 1980, envolvendo os governos federal, estadual, distrital e municipal e organizações sociais.
A AIDS, sigla em inglês para a síndrome da imunodeficiência adquirida (Acquired immunodeficiency syndrome), é uma doença do sistema imunológico humano resultante da infecção pelo vírus HIV (vírus da imunodeficiência humana, da sigla em inglês). A Profa. Dra. Bianca Rezende Lucarevschi, médica infectologista e docente na Universidade de Taubaté (UNITAU), explica que a transmissão pode ocorrer de várias formas. “A doença pode ser contraída por relação sexual desprotegida, ou seja, sem preservativo, por transfusão de sangue ou pelo uso de drogas injetáveis, quando a agulha estiver contaminada com o vírus, A transmissão ainda pode ser passada da mãe para o bebê, seja na hora do parto ou da amamentação”, diz.
“Um dos mitos é que toda mãe que tem AIDS terá um bebê com a doença, porém isso não é verdade, há o risco, mas não é uma regra”, ressalta a professora. Ela ainda comenta que outras crenças existem acerca da doença. “Tanto a mulher quanto o homem podem transmitir o vírus. Então, acreditar que apenas o homem a transmite em uma relação sexual é mentira”, pontua.
A médica também esclarece que a pessoa soropositiva pode ter uma qualidade de vida satisfatória, caso ela descubra a doença precocemente e logo inicie o tratamento, que é realizado por meio de remédios antirretrovirais que impedem a multiplicação do vírus no organismo, ajudando a combater a doença e a fortalecer o sistema imunológico.
Esses medicamentos são fornecidos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e, para obtê-los, basta apresentar uma prescrição médica. Embora não haja cura, o tratamento por meio dos remédios é extremamente importante para diminuir a carga viral, as chances de contrair outras doenças como tuberculose, pneumonia e criptosporidiose, por conta da baixa imunidade, e ainda para melhorar a qualidade de vida. “O vírus HIV destrói as defesas do organismo, tornando o corpo humano vulnerável a infecções, o que leva a pessoa a ficar cada vez mais doente e, consequentemente, a ter uma morte precoce”, esclarece a infectologista.
Como forma de conscientizar a população e prevenir a doença, a Liga acadêmica de Infectologia, do curso de Medicina da UNITAU, irá promover, no dia 1° de dezembro, uma ação conjunta com o Ambulatório médico de especialidades (AME) no Taubaté Shopping, em que serão oferecidos testes rápidos de HIV, informações e orientações sobre a doença.
Foto: Leonardo Oliveira
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