A Fundação José Carlos da Rocha está estudando a
implantação de um novo projeto para beneficiar os idosos – a TAA (Terapia
Assistida por Animais) ou pet terapia.
Inicialmente a atividade ocorreu de forma
experimental com idosos do lar São Vicente de Paulo, de Pindamonhangaba, mas
pode ser estendida a outras instituições assistidas diretamente pela Fundação
José Carlos da Rocha.
Na última semana os idosos receberam uma visita
empolgada de Tony e Flora, cachorros da educadora física Nadialice Melo – uma
das professoras da Fundação José Carlos da Rocha.
A ação buscou proporcionar momentos de
tranquilidade e descontração, além de afastar sentimentos de solidão que, em
geral, acometem os idosos. “Busco sempre escutar os vovôs e vovós, e nos nossos
diálogos percebi que muitos sempre tiveram animais de estimação. A partir dessa
sensibilidade de escuta com os idosos, decidi levar o Tony e a Flora, meus dois
‘yorkshire’. O Tony vai completar três anos e a Flora vai completar 2, são bem
pequenos, limpos e vacinados”, explica Nadialice.
Como afirma Nadialice, a interação entre os idosos
e os cachorros avivou emoções diferentes da rotina. “Eu os levei para que os
idosos pudessem ter esse contato com os animais. A troca de carinho entre
cachorro e humano é muito importante. Percebi que tudo isso desperta muitas
memórias afetivas não só nos idosos que já tiveram algum pet na vida, mas
também naqueles que tiveram um contato pela primeira vez. Alguns se lembraram
de animais de estimação do passado, ficaram emocionados. Ao mesmo tempo, muitos
se divertiram também, riam e brincavam muito”.
Apesar de ter sido uma visita, a educadora não
esconde o anseio de consolidar o projeto de pet terapia no lar. O resultado positivo
da visita dos cachorros é um indicativo para a consolidação do projeto.
“Pensamos em criar oficialmente um projeto de pet terapia com eles, e levar,
além dos meus cães, outros animais como uma forma de aumentar as possibilidades
de afeto com os idosos. Em um futuro mais estável, devemos buscar parcerias com
ONGs, canis e veterinários para facilitar o contato com outros animais. Além
disso, estudamos também sobre a possibilidade de os idosos visitarem zoológico
e hortos florestais”, finaliza Nadialice.
Sobre a terapia
A Terapia Assistida por Animais é um tratamento
auxiliar para diversos tipos de doenças e comprovado por pesquisas de
Universidades renomadas que o ato estimula o bem-estar, saúde emocional, física
e social em pacientes psiquiátricos, hospitalizados e idosos moradores de
instituições. O método aposta no estímulo sensorial do tato para despertar a
autoestima e o entusiasmo, na relação das pessoas com os animais, seja falando,
tocando, ou brincando com eles. Segundo um artigo publicado na Revista de
Medicina da USP – Universidade de São Paulo – sobre o tema, assim é possível
reduzir a ansiedade, a pressão arterial e regular a frequência cardíaca.
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