Levantamento do Sincovat mostra que a
medida impactou mais de 22 mil empresas e 163 mil empregados
O programa de redução de salário e suspensão de
contratos chegou ao fim, mas, o Benefício Emergencial de Preservação do Emprego
e da Renda (BEm), concedido pelo Governo Federal (MP 936/20), possibilitou 330.474
acordos entre empregados e empregadores na região Metropolitana do Vale do
Paraíba e Litoral Norte.
De
acordo com um levantamento do departamento econômico do Sincovat (Sindicato do
Comércio Varejista de Taubaté e região), durante a vigência do projeto, ocorreram
acordos entre 22.394 empresas locais e 163.170 funcionários.
Os
dados são referentes ao acumulado dos 39 municípios que compõem a RM Vale
durante o ano de 2020. Dos tipos de adesão, 45,7% foram de suspensão de
contratos, 19,2% foram reduzidos em 25%, 17,2% em 70%, 17% em 50% e 1% foram
contratos intermitentes. Para efeito comparativo, no Estado de São Paulo os
suspensos foram 41,5% e no Brasil outros 43,6%.
Mais de
30% dos acordos locais foram firmados no mês abril e 77% no período entre abril
e julho e a divisão dos gêneros dos trabalhadores se mostrou bastante similar
na região, sendo 49% de funcionárias e 51% de funcionários. No Estado de São
Paulo as mulheres foram 51,4% e no Brasil 52,1%.
Dos mais de 330 mil acordos firmados de abril a dezembro na
RM Vale, 31% foram com colaboradores de idade entre 30-39 anos, 24% entre 40 e
49 anos e 15% entre 25 e 29 anos.
O setor de serviços
consolidou mais da metade (51,4%) dos acordos de redução ou suspensão de
contratos de trabalho, seguido pela indústria (24,7%) e o comércio (22,5%).
"Essa
medida emergencial foi uma das ações de maior eficiência no amparo à nossa
economia frente aos severos impactos trazidos pela pandemia do novo
Coronavírus. Proporcionou manter ativos
milhares de vínculos trabalhistas em nossa região e milhões em todo o país. O
fim desse auxílio emergencial nos trará um desafio ainda maior - um cenário de
desafios e dificuldades, já que todo ambiente socioeconômico está condicionado
a superação da pandemia, com a chegada mais célere ou não das vacinas",
comenta o presidente do Sincovat e vice-presidente da FecomercioSP, Dan
Guinsburg.
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