Os investimentos feitos
pelo governo Geraldo Alckmin (PSDB) no Programa Estadual de Educação
Profissional e Tecnológica caíram 36,3% em 2015. Segundo dados da Secretaria
Estadual da Fazenda, foram aplicados pelo Centro Paula Souza no ano passado R$
44,1 milhões a menos do que em 2014 em obras, instalações e compra de
equipamentos e material educativo nas Escolas Técnicas Estaduais (Etecs) e
Faculdades Tecnológicas (Fatecs).
O corte de gastos é uma das
queixas dos estudantes que ocupam desde quinta-feira a sede do Centro Paula
Souza, na região central de São Paulo. Além do prédio administrativo da
autarquia, outras quatro Etecs na capital estavam ocupadas nesta terça-feira,
3. O motivo principal dos protestos é a falta de merenda nas escolas (23
unidades não recebiam nada) e as denúncias de supostos desvios de recursos da
alimentação escolar.
Dados extraídos pela
reportagem do Sistema de Informações Gerenciais da Execução Orçamentário
(Sigeo), atualizado diariamente pela Fazenda, mostram que foram investidos no
programa R$ 77,3 milhões no ano passado, ante R$ 121,4 milhões em 2014. Os
valores já estão corrigidos pela inflação do período. O ano de 2015 foi marcado
pelo agravamento da crise econômica do País, que derrubou o PIB nacional em
3,8% e provocou uma queda de 4,6% na arrecadação do Estado.
Protesto
Cerca de 50 estudantes
invadiram, na tarde desta terça-feira, 3, o plenário da Assembleia Legislativa
do Estado de São Paulo (Alesp), no Ibirapuera, zona sul da capital.
Os alunos gritaram
palavras de ordem e cobravam dos deputados estaduais a instalação da CPI da
Merenda, para investigar a máfia acusada de desviar recursos destinados à
alimentação escolar no Estado. Os seguranças fecharam os portões do prédio para
evitar a entrada de mais estudantes.
A ocupação dos estudantes
começou por volta das 17h15 e interrompeu a sessão que ocorria no plenário, com
a presença de poucos parlamentares.
Um dos alvos do protesto
dos jovens, que ocupam desde quinta-feira, 28, o Centro Paula Souza em protesto
contra a falta de merenda nas Escolas Técnicas Estaduais (Etecs), é o
presidente da Alesp, Fernando Capez (PSDB).
Os jovens estenderam uma
faixa com os dizeres "Alesp Ocupada" no espaço reservado à Mesa
Diretora da Casa, sentaram nas cadeiras dos deputados estaduais e instalaram
barracas de acampamento no plenário
Na execução de obras e
instalações, os investimentos caíram de R$ 70,2 milhões, em 2014, para R$ 51,8
milhões no ano passado. Na compra de equipamentos, como itens de informática,
mobiliário e materiais educativos, a queda foi ainda maior, de R$ 50,8 milhões
para R$ 25,5 milhões. Atualmente, o Centro Paula Souza administra 219 Etecs e
66 Fatecs no Estado.
Neste ano, o ritmo dos
investimentos é ainda menor. Segundo o Sigeo, foi aplicado apenas R$ 1,3 milhão
de janeiro até abril, dos quais R$ 256 mil em obras e instalações e pouco mais
de R$ 1 milhão em equipamentos. “A merenda foi o estopim de tudo isso, mas a
gente vive na pele a falta de estrutura. Faltam carteiras, computadores e tem
salas com goteiras há meses”, disse Rachel Drobitsch, de 16 anos, aluna da
Escola Técnica de São Paulo (Etesp), na região central da capital.
A queda dos investimentos
acompanha também a redução do número de inaugurações de Etecs. No ano passado,
apenas uma unidade foi aberta, em Itaquera, zona leste da capital, além de duas
Fatecs. Entre 2011 e 2014, foram 26 novas escolas e 14 faculdades.
Expansão.
Em nota, o Centro Paula
Souza informou que o “orçamento da instituição prevê recursos para todas as
suas áreas, e não apenas para as Etecs”, e “vem priorizando não mais a
construção de novas unidades, mas justamente a melhoria da estrutura das
existentes”. Segundo a autarquia, o número de Etecs subiu de 126 para 219 (74%)
com o plano de expansão implementado na última década, e o de Fatecs mais do
que dobrou, de 26 para 66, atendendo à maior parte dos municípios com mais de
35 mil habitantes”. Neste ano, devem ser entregues 4Etecs e 1 Fatec.
NÃO PODEMOS SE ESQUECER QUE O PAIS PASSA POR UMA CRISE FINANCEIRA, E CONSEQUENTEMENTE OS ESTADOS,ANTES DE DIZERMOS ALGUMAS PALAVRAS CRITICANDO, É BOM ANALISAR A SITUAÇÃO
ResponderExcluirNÃO PODEMOS SE ESQUECER QUE O PAIS PASSA POR UMA CRISE FINANCEIRA, E CONSEQUENTEMENTE OS ESTADOS,ANTES DE DIZERMOS ALGUMAS PALAVRAS CRITICANDO, É BOM ANALISAR A SITUAÇÃO
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