Na
tentativa de acabar com a epidemia de zika vírus, que atinge vários países e
tem causado pânico, principalmente nas mulheres grávidas, o governo federal
através do Ministério da Educação, realizou na última sexta-feira, 19 de
fevereiro, o Dia Nacional de Mobilização da Educação em mais de 190 mil unidades
educacionais em todo o Brasil.
Na
FUNVIC – Faculdade de Pindamonhangaba, cerca de mil pessoas entre alunos,
professores e funcionários, divididos em três turmas, assistiram uma palestra
sobre o tema com Veraniza do Prado, assessora técnica de Saúde da cidade.
A
situação atual é de alerta, e a Organização Mundial de Saúde chegou a declarar
emergência global por conta da microcefalia e outras anormalidades neurológicas
relacionadas ao zika vírus, que tem se alastrado de maneira
assustadora.
Por
este motivo, é necessário que todos se unam para exterminar o mosquito Aedes
Aegypti, transmissor da dengue, chikungunya, zika e febre amarela, pois é uma
grande ameaça à saúde pública.
Desde
o início da última semana, militares das Forças Armadas e agentes de saúde têm
feito um mutirão para eliminar focos do mosquito em 270 municípios brasileiros.
E as ações não podem parar, pois o Brasil é o país mais afetado pelo zika, que
teve desde o início de janeiro 508 casos de microcefalia relacionados ao vírus
e outros 3 mil 935 estão sendo investigados, de acordo com o Ministério da
Saúde.
Para
conseguir distinguir as doenças, a assessora técnica de saúde de
Pindamonhangaba alertou para as diferenças dos sintomas de cada enfermidade
provocada pelo Aedes Aegypti. “A dengue causa febre
alta, dores de cabeça, dores atrás dos olhos, perda do paladar e apetite,
manchas e erupções na pele, náuseas e vômitos, tonturas, cansaço, moleza e dor
no corpo, além de dores nos ossos e nas articulações”.
“Somente
neste ano, até dia 10 de fevereiro, em todo o país, foram registrados 73 mil
872 casos de dengue contra 49 mil 857 no mesmo período do ano passado, ou seja,
uma alta de 48,2%”. “Pinda notificou 48 casos e Taubaté 130, porém, para cada
caso de dengue notificado, multiplicamos por 10, pois muitos não procuram as
unidades de saúde e não conseguimos identificá-los. Quando aparece um caso,
passamos por todo o bairro e fazemos nebulização contra o mosquito”, afirmou.
“No caso da chikungunya, a
pessoa se curva de dor, os sintomas são mais pesados que os da dengue, com
febre, edemas, manifestações cutâneas, dor nas articulações, principalmente nas
mãos e pés. Demora cerca de 6 meses para se recuperar”.
“A zika entrou no Brasil no período da Copa
do Mundo. Ela pode ser transmitida da mãe para o bebê durante a gravidez,
causando microcefalia e problemas neurológicos, através do aleitamento materno, com isso a mãe infectada não poderá amamentar,
além da saliva e durante a relação sexual sem camisinha. O que difere da dengue
é a conjuntivite, que deixa os olhos vermelhos, inchados e com secreção”,
completou.
A
zika foi isolada pela primeira vez em macacos do Uganda em 1947 na floresta de
Zika, na África. Em humanos, a sua presença foi identificada pela primeira vez
em 1954, na Nigéria.
Entre
1951 e 1981, foi detectado em seres humanos em vários países africanos e
asiáticos. O primeiro surto da doença fora da África e Ásia aconteceu em 2007
na ilha de Yap, Estados Federados da Micronésia.
Hoje
já são 34 países que assinalam a presença do vírus, sendo que desses, 27 estão
na América Latina e Caribe.
Por isso, cada um tem que fazer sua parte para acabar
de vez com esse mosquito, que se reproduz em qualquer recipiente com água
parada, seja ela limpa, suja ou mesmo poluída.
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