terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Ações da Aliança Papéis contribuem com crise na Jofel



As constantes ações infundadas movidas pela APL (Aliança Papéis Indústria e Comércio) têm dificultado o trabalho da Justiça e, principalmente, a economia de Pindamonhangaba. Perdedora em um processo de arrendamento do parque fabril da massa falida da Nobrecel Celulose e Papel, a APL tem apelado com argumentos vazios, porém viáveis dentro do sistema judiciário nacional – o que tem atrasado o processo de arrendamento e gerado graves problemas econômicos ao município de Pindamonhangaba.
Com seus atos, a empresa de origem pernambucana atrapalha o início da produção de papel por parte da Cocepelco. Deste modo, a cooperativa ainda não produz e, consequentemente, não tem material para entregar a seus clientes. Um desses compradores é a Jofel – que receberia matéria prima da cooperativa e beneficiaria os produtos, para fornecer ao mercado papel higiênico, papel toalha e guardanapo – todos prontos para o uso.
De acordo com funcionários da Jofel, sem o fornecimento de uma empresa vizinha, fica muito difícil produzir – quase inviável. Alguns dos trabalhadores temem a demissão, porque a indústria vem acumulando perdas nos últimos meses e está sem atividades no parque fabril.
Alguns desses funcionários já perderam os empregos e outros ainda podem sair nas próximas semanas. A Jofel chegou a ter 153 colaboradores, hoje possui cerca de 80 e boa parte possui seus postos ameaçados.
Além de não contar com matéria prima, a Jofel também está sem energia elétrica. De acordo com o interventor judicial da companhia, Luiz Eduardo Correa Ribeiro, a ausência de abastecimento energético também atrapalha os planos da empresa. “Estamos tentando restabelecer a energia há alguns meses. Enquanto a concessionária não libera a energia, temos utilizado geradores, porém o custo é elevado”.
Ele ressaltou que a Jofel já esteve entre os quatro principais grupos brasileiros no segmento, contudo, hoje, ele teme o futuro da beneficiadora de papel.

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