sexta-feira, 4 de março de 2022

Protesto do Sindicato dá resultado na Novelis


 

Um protesto do Sindicato dos Metalúrgicos de Pindamonhangaba gerou resultado rápido na fábrica Novelis. Em menos de uma semana a direção da empresa aplicou mudanças no setor apontado, a Reciclagem 2.

No dia 18 de fevereiro, o Sindicato fez uma panfletagem denunciando erros graves no setor. Cinco dias depois, no dia 23, a fábrica fez mudanças na coordenação da área.

De acordo com o dirigente sindical na Novelis, Odirley Prado, três problemas foram apontados sobre a Reciclagem 2, uma área desgastante, com excesso de calor.

Um dos pontos foi questão de segurança. Havia uma ordem da coordenação para acelerar o processo, não respeitando a temperatura correta para utilização do cadinho, uma espécie de tanque de alumínio líquido. A mudança pode causar entupimento e o reparo demanda uma atividade muito perigosa aos mecânicos.

Ainda de acordo com Odirley, outra questão foi sobre ordens determinando escalas de hora-extra fixas e obrigatórias, o que é proibido. O fato ainda tem um agravante na Novelis. Em turno de revezamento, como ocorre na fábrica, a hora-extra só é permitida se houver previsão no acordo coletivo e não há acordo coletivo na Novelis.

O terceiro ponto, segundo ele, foi o excesso de pressão, sem embasamento, estabelecendo metas de produção impossíveis de atingir no setor.

“O Sindicato sempre atua com muita seriedade e com muita responsabilidade. Mostramos o que estava errado, inclusive falhas graves de segurança. Felizmente, a pressão deu certo e mudanças ocorreram. Vamos continuar na luta, sempre”, disse Odirley.

A Novelis atua no ramo do alumínio e emprega cerca de 1.300 pessoas em Pinda. Ela é subsidiária da Hindalco, a maior empresa do grupo indiano Aditya Birla.

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