quarta-feira, 16 de agosto de 2017

COLUNA: “RESENHA DA PRINCESA DO NORTE”


Por Luis Rosas (advogado)


REFORMA POLÍTICA OU REFORMA DOS POLÍTICOS?
Na ultima semana, os noticiários divulgaram a aprovação da Reforma Política na Comissão da Câmara Federal que leva o mesmo nome, dentre vários pontos aprovados o que mais se destacou foi à alteração do Sistema de eleição para os cargos no Legislativo, que segundo o noticiado, caso venha a se tornar Lei, passará a ser o chamado “Distritão”, e que poderá refletir em várias pré-candidaturas de nosso Município.
Para já valer nas próximas eleições (2018) a referida Lei terá que ser aprovada e sancionada um ano antes das mesmas, e assim cada Estado se tornará um grande distrito e os candidatos mais votados dentre o número de vagas estarão eleitos, com isso no Estado de São Paulo para Deputado Estadual os 94 (noventa e quatro) primeiros e para Deputado Federal os 70 (setenta) primeiros, encerrando assim o ciclo da proporcionalidade e do quociente eleitoral, numero mínimo de votos que cada chapa dos partidos necessita para saber quantos serão os eleitos.
E ai está o reflexo que apontei no inicio, com o novo modelo os partidos certamente não apresentarão chapa completa, apenas aplicando a questão da porcentagem de vagas por sexo. As candidaturas se concentrarão apenas nos nomes que tem condições reais de se eleger, diminuindo o numero de candidatos aos cargos no Legislativo.
Há muitos anos nossa Princesa do Norte não tem Deputado Estadual (o último eleito foi João do Pulo) e Federal (o ultimo eleito foi Geraldo Alckmin), existem duas principais razões a meu ver por tal ausência de representatividade: uma por se apresentarem vários candidatos diluindo os votos, e a outra é que a grande maioria cria um “balão de ensaio” visando tornar seu nome em evidência para o pleito municipal, na sua maior parte pré-candidatos a Prefeito.
Contudo, se confirmar o novo modelo (Distritão) muito dos pré-candidatos de nosso município provavelmente não terão seus nomes chancelados nas convenções. Entendo que mais do que uma Reforma Política, se faz necessária uma reforma dos políticos, na forma de agir e de votar e de se posicionar sobre os temas importantes, com coerência e compromisso com a necessidade pública, e não por politicagem ou para recebimento apenas de aplausos.
Esperamos assim que mesmo acontecendo a Reforma Política também se inicie a reforma dos políticos, para que pautem sempre pela ética e pela verdade em todos os momentos, visando o compromisso com as necessidades publicas de nossa população.

Até a próxima coluna e um forte abraço a todos!

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