sexta-feira, 11 de abril de 2014

A importância de um representante em Brasília


 Por: Diego Ortiz



 Numa eleição de âmbito nacional e estadual, quando se escolhem o presidenteda república, o governadordo estado, os senadores,os deputados federais e estaduais,o eleitor não atenta para a importância dos cargos legislativos. O foco é sempre os cargos executivos: a presidência do país e o governo do estado. A presidência com maior apelo eleitoral e o governo estadual quase em segundo plano. A escolha dos deputados e senadores fica em terceiro plano. E não deveria. Porque, na verdade, o Congresso Nacional – formado pela Câmara Federal e pelo Senado – pode conduzir a política do Executivo se, evidentemente, estiver “fechada” nos interesses da nação. Uma lei presidencial pode ser barrada pelo Congresso. Assim, muitas das besteiras que são muito mais fáceis de serem cometidas por uma pessoa só (o presidente) são avaliadas por um batalhão de mais de quinhentos parlamentares que podem (e devem) fazer valer a vontade do povo, com possibilidades bem menores de contrariarem o interesse popular. É bem verdade que, na prática, não é isso que assistimos. Sempre existem os espertalhões que “fecham” com o governo central mesmo em questões flagrantemente contrárias ao que o povo espera. É o que acontecia no tempo do “mensalão”, quando os deputados ganhavam do governo federal uma importância superior a 30 mil reais por mês para votarem nos assuntos de interesse da presidência. Vamos ter novas eleições neste ano. E mais uma vez vamos ter oportunidade de reverter essa situação de desgoverno que estamos vivendo. Por isso é muito importante o voto consciente nos candidatos à Câmara Federal. Como nós, como povo e não como eleitor individual, podemos reclamar da situação se milhões dentre nós votaram e elegeram candidatos caricatos, sem nenhum preparo para o cargo, ou em candidatos excessivamente “preparados”, raposas velhas da república que, entra mandato sai mandato, estão sempre aí, escândalo após escândalo, roubando “na cara dura”, como se diz, sem uma reação do eleitorado? Essas figuras folclóricas são escolhidas sem responsabilidade cidadã, sem que se conheça o seu passado político ou ligado às comunidades, às suas cidades. Por isso, enquanto o nosso sistema eleitoral não adota o voto distrital, procure, caro leitor, votar em um candidato da sua terra. Os candidatos aventureiros sempre aparecem, vindos de outros lugares, para comprar o seu voto. “Comprar”, de uma forma ou de outra. Fique atento! O seu deputado – aquele em que você votou e que você conhece – vai transitar com muito mais desenvoltura entre Brasília e a sua cidade, ou melhor: entre o Poder federal e os interesses municipais. Fica muito mais fácil para uma cidade, como as da nossa região, distantes mais de mil quilômetros de Brasília, conseguirem seus hospitais regionais, mais vagas e mais leitos para atender à demanda da saúde, mais médicos nos pronto-socorros, mais escolas em tempo integral, mais creches, mais verbas para a segurança, para projetos de mobilização urbana que demandem obras caras que a sua prefeitura não conseguiria nunca implementar. Enfim, um representante honesto, ativo, determinado, insistente, bem disposto, que goste de verdade da sua cidade e da sua região, seria a solução ideal para que a sua cidade passe a ter importância nos escritórios de Brasília. pense nisso nas próximas eleições!

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