Por: Diego Ortiz
Numa eleição de âmbito nacional e estadual,
quando se escolhem o presidenteda república, o governadordo estado, os
senadores,os deputados federais e estaduais,o eleitor não atenta para a importância
dos cargos legislativos. O foco é sempre os cargos executivos: a presidência do
país e o governo do estado. A presidência com maior apelo eleitoral e o governo
estadual quase em segundo plano. A escolha dos deputados e senadores fica em
terceiro plano. E não deveria. Porque, na verdade, o Congresso Nacional –
formado pela Câmara Federal e pelo Senado – pode conduzir a política do
Executivo se, evidentemente, estiver “fechada” nos interesses da nação. Uma lei
presidencial pode ser barrada pelo Congresso. Assim, muitas das besteiras que
são muito mais fáceis de serem cometidas por uma pessoa só (o presidente) são
avaliadas por um batalhão de mais de quinhentos parlamentares que podem (e
devem) fazer valer a vontade do povo, com possibilidades bem menores de
contrariarem o interesse popular. É bem verdade que, na prática, não é isso que
assistimos. Sempre existem os espertalhões que “fecham” com o governo central
mesmo em questões flagrantemente contrárias ao que o povo espera. É o que
acontecia no tempo do “mensalão”, quando os deputados ganhavam do governo
federal uma importância superior a 30 mil reais por mês para votarem nos
assuntos de interesse da presidência. Vamos ter novas eleições neste ano. E
mais uma vez vamos ter oportunidade de reverter essa situação de desgoverno que
estamos vivendo. Por isso é muito importante o voto consciente nos candidatos à
Câmara Federal. Como nós, como povo e não como eleitor individual, podemos
reclamar da situação se milhões dentre nós votaram e elegeram candidatos caricatos,
sem nenhum preparo para o cargo, ou em candidatos excessivamente “preparados”,
raposas velhas da república que, entra mandato sai mandato, estão sempre aí,
escândalo após escândalo, roubando “na cara dura”, como se diz, sem uma reação
do eleitorado? Essas figuras folclóricas são escolhidas sem responsabilidade
cidadã, sem que se conheça o seu passado político ou ligado às comunidades, às
suas cidades. Por isso, enquanto o nosso sistema eleitoral não adota o voto
distrital, procure, caro leitor, votar em um candidato da sua terra. Os
candidatos aventureiros sempre aparecem, vindos de outros lugares, para comprar
o seu voto. “Comprar”, de uma forma ou de outra. Fique atento! O seu deputado –
aquele em que você votou e que você conhece – vai transitar com muito mais
desenvoltura entre Brasília e a sua cidade, ou melhor: entre o Poder federal e
os interesses municipais. Fica muito mais fácil para uma cidade, como as da
nossa região, distantes mais de mil quilômetros de Brasília, conseguirem seus
hospitais regionais, mais vagas e mais leitos para atender à demanda da saúde,
mais médicos nos pronto-socorros, mais escolas em tempo integral, mais creches,
mais verbas para a segurança, para projetos de mobilização urbana que demandem
obras caras que a sua prefeitura não conseguiria nunca implementar. Enfim, um
representante honesto, ativo, determinado, insistente, bem disposto, que goste
de verdade da sua cidade e da sua região, seria a solução ideal para que a sua
cidade passe a ter importância nos escritórios de Brasília. pense nisso nas
próximas eleições!
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