quarta-feira, 19 de março de 2025

Espetáculo "Vestígios de Alguém que Não Pôde Falar" chega a Pindamonhangaba para única apresentação


Com produção original do SESI-SP, o espetáculo “Vestígios de Alguém que Não Pôde Falar”, criação do Núcleo Traços Cia de Teatro, teve sua estreia em 2024 e já circulou pelos teatros do SESI em diversas cidades do interior de São Paulo, alcançando um público de mais de 1.200 pessoas. A obra leva ao palco reflexões urgentes sobre o combate ao racismo e a preservação da infância de crianças negras brasileiras, por meio de uma dramaturgia sensível e potente, que mescla narrativas ficcionais e relatos reais.

Com o objetivo de aprimorar as reflexões em pautas raciais, políticas e sociais, o Núcleo Traços Fortes chega em Pindamonhangaba, no próximo dia 29 de março, com o espetáculo “Vestígios de alguém que não pôde falar”. A peça teatral faz parte de uma duologia que narra a história ficcional de uma menina negra morta a caminho da escola por balas de policiais. Diante do acontecido, sua mãe enfrenta os desafios, medos e lutas para honrar a história de sua filha.

 Em Pindamonhangaba, o espetáculo será apresentado no Teatro Galpão, no dia 29 de março, às 20h. Com classificação indicativa de 14 anos, os ingressos custam R$20 (inteira) e R$10 (meia-entrada) e podem ser adquiridos através do link: https://linktr.ee/nucleotracosfortes. A apresentação conta com acessibilidade em libras. 

A dramaturgia original é escrita por João Paulo Santos e Lucas Silveiras, atores, diretores de teatro e dramaturgos. A história tem como inspiração os contos "Olhos D'água" e "Zaíta esqueceu de guardar os brinquedos" de Conceição Evaristo, além de trabalhar com fragmentos de fatos reais, principalmente, a morte de Marcos Vinícius, jovem negro de 14 anos atingido por policiais no Complexo da Maré, enquanto estava a caminho da escola. “O número de casos de crianças e jovens negros mortos durante operações policiais é alarmante e, o espetáculo Vestígios de alguém que não pôde falar nasce com o objetivo de evidenciar as pautas e lutas em prol da infância negra no Brasil. Trata-se de um movimento de encontro com esperança, de uma nação em que crianças negras sejam ouvidas e respeitadas”, destaca o diretor Lucas Silveiras. 

"De que cor eram os olhos de minha filha?" .

Durante toda a apresentação, o público se depara com a pergunta latente e repetitiva que acompanha a caminhada da personagem 'Mãe' em busca por justiça pela morte de sua menina. Lembrar a cor dos olhos de alguém é eternizar na memória a história de quem amamos. O espetáculo é um convite para a reflexão sobre o luto que a violência urbana leva para muitas famílias, especialmente, as famílias negras. Como também uma homenagem a tantas mães que perderam seus filhos e seguem lutando com amor e força.

 Para o diretor Lucas Silveiras, seguir em turnê pelo interior com o espetáculo é empolgante e ao mesmo tempo desafiador. "Nosso trabalho tem como principal característica a denúncia. É por meio do teatro que nós do Núcleo Traços Fortes reivindicamos pautas que consideramos urgentes, como a luta antirracista. E viajar pelo interior de São Paulo com uma peça que carrega um discurso tão profundo e necessário é extremamente empolgante. É acreditar que nossa mensagem alcançará ainda mais pessoas.", conclui.

 

Solidariedade em cena:

Além disso, o evento contará com a opção de meia-entrada solidária, no valor de R$ 10 + a doação de 1kg de alimento não perecível. Os alimentos arrecadados serão destinados à CUFA Taubaté – Central Única das Favelas, que fará a distribuição para famílias em situação de vulnerabilidade nos bairros carentes de Taubaté e Pindamonhangaba. Importante: não serão aceitas doações de sal.



Ficha Técnica

Direção: Lucas Silveiras
Elenco: John Brenner e Letícia Delgado
Dramaturgia: João Paulo Santos e Lucas Silveiras
Criação de cenografia: John Brenner, Letícia Delgado e Lucas Silveiras
Criação de figurinos: Bárbara Rocha
Criação de trilha original: Izzy Castro (Twin Pumpkin)
Criação de iluminação: João Paulo Santos
Direção de produção: Lucas Silveiras
Assistente de produção: Julia Borges
Operador: Jonas Albuquerque
Produção original: SESI-SP

 

Sobre o Núcleo Traços Fortes

O Núcleo Traços Fortes foi fundado no ano de 2018 por atores e atrizes, educadores e pesquisadores pretos; e tem como objetivo dar espaços, criar

oportunidades e instaurar o protagonismo preto em obras e experimentos teatrais. O grupo é constituído por jovens atores independentes da região metropolitana do Vale do Paraíba, que se formaram na E.M.A Maestro Fêgo Camargo (Taubaté/SP). Após a passagem pela escola de artes, as atrizes e os atores sentiram a necessidade de construir um espaço que possibilitasse um resgate de histórias e narrativas teatrais que contemplem seus corpos pretos. O Núcleo busca encontrar meios de operar dentro de uma sociedade racista, implantando atividades e movimentações artísticas/experimentais como possíveis soluções sociais.

 

 

Serviço:

 

Apresentação do espetáculo “Vestígios de quem não pôde falar”

Data: 29 de março,  às 20h
Local: Teatro Galpão -
R. Jadir Figueira, 2750 - Parque das Nações, Pindamonhangaba - SP, 12420-433
Ingressos em: https://linktr.ee/nucleotracosfortes

 

Comunicação - Núcleo Traços Fortes: Lucas Silveiras

(41) 98815-1546 | nucleotracosfortes@gmail.com

 

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