Por Ana Paula Goffi – Vereadora de Pindamonhangaba
Não basta falar de inclusão. É preciso praticar.
Como vereadora que tem a Educação e a Inclusão como bandeiras centrais do meu mandato, não posso me calar diante da realidade que tem chegado até mim pelas mãos de mães aflitas, educadores cansados e crianças invisibilizadas: alunos com deficiência ou em processo de diagnóstico estão sem o adequado acompanhamento nas escolas da nossa rede municipal.
Apresentei dois requerimentos contundentes à Secretaria de Educação de Pindamonhangaba, cobrando transparência, estrutura e responsabilidade. Um deles questiona a formação, jornada, capacitação e permanência dos profissionais de apoio escolar. O outro, sobre a rotatividade alarmante desses profissionais, que rompe vínculos, atrasa o desenvolvimento e prejudica diretamente crianças que precisam de acolhimento constante.
E faço questão de deixar claro: a ausência de um laudo não apaga a necessidade da criança. Há hoje um número preocupante de alunos aguardando diagnóstico, presos em uma fila lenta e silenciosa. Eles estão nas salas de aula, sim. Mas muitas vezes, estão sozinhos. E isso é inaceitável.
A legislação não deixa dúvidas: a Constituição Federal, a Lei Brasileira de Inclusão, a LDB e a Lei 12.764/2012 garantem o direito ao atendimento especializado e à presença de um profissional de apoio escolar sempre que necessário. Em Pindamonhangaba, a empresa ODIN foi contratada para prestar esse serviço. Mas a responsabilidade continua sendo da Prefeitura. Terceirizar o serviço não é terceirizar o dever.
A inclusão não é um favor. É um direito. Um direito que precisa ser garantido com dignidade, com planejamento, com profissionais preparados e, acima de tudo, com permanência — porque uma criança em desenvolvimento emocional e cognitivo não pode ter sua rotina trocada a cada semana.
Eu sigo firme, cobrando respostas, propondo soluções e defendendo aquilo que acredito: educação de qualidade e inclusão real. Não apenas no discurso, mas na prática.
Porque cada criança importa. E cada família merece ser ouvida
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