quarta-feira, 23 de abril de 2025

Vereadora Ana Paula Goffi aprova lei que garante serviços públicos em conjuntos habitacionais de interesse social


Existem projetos que nascem do papel. Outros, nascem da escuta. E foi assim que começou essa caminhada: ouvindo. Observando de perto a realidade de quem vive nos conjuntos habitacionais de interesse social da nossa cidade.

Durante a campanha, visitei o Bem Viver, no Araretama, um dos maiores conjuntos habitacionais do Vale do Paraíba, com mais de 1.400 apartamentos. Estive também no CDHU do Azeredo, nos predinhos do Karina Ramos, e em outras áreas onde moram famílias que lutaram para conquistar sua casa, mas que ainda vivem sem dignidade mínima.

Nesses lugares, ouvi relatos de crianças preocupadas com escorpiões, de mães que convivem com problemas sérios no sistema de esgoto, iluminação precária, parquinhos quebrados, bancos de concreto pela metade, drenagem ineficiente e abandono das áreas comuns. Lugares onde o tráfico avança justamente porque o Estado se ausenta.

E por que o poder público não atua ali? Porque, até agora, a legislação não permitia que o município entrasse para prestar serviços básicos nesses locais, mesmo sendo evidente a necessidade.

Foi com esse sentimento de urgência e responsabilidade que me debrucei sobre o tema e escrevi o projeto de lei de minha autoria, que foi aprovado pela Câmara Municipal nesta semana.

Agora, o texto segue para sanção do prefeito, e a minha expectativa é que seja aprovado com a mesma sensibilidade com que foi construído — pensando nas famílias que mais precisam.

O projeto autoriza a Prefeitura a prestar serviços como limpeza, capinação, drenagem, conservação de áreas verdes, poda de árvores, instalação de lixeiras, manutenção de bancos e iluminação pública em conjuntos habitacionais de interesse social — como o Bem Viver, o CDHU, o Karina Ramos e tantos outros que ficaram esquecidos por anos.

Essa proposta nasce de quem andou pelos bairros, ouviu as pessoas e decidiu agir.

Com apoio dos colegas vereadores, aprovamos a minha lei.

Uma lei que nasce da realidade. Que nasce do povo. Que nasce da escuta.

E não é só uma vitória política — é uma vitória da dignidade.

Uma resposta concreta àquelas crianças que me mostraram o abandono e me perguntaram quando alguém ia olhar por elas.

Essa conquista ninguém apaga.

E eu seguirei firme para garantir que ela saia do papel e chegue a cada conjunto habitacional desta cidade.

Porque quem vive nas periferias também merece viver com dignidade.

E esse é o tipo de política que transforma.

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