sexta-feira, 20 de maio de 2022

Nenhuma atividade econômica no país consegue sobreviver às taxas de juros cobradas pelos bancos, afirma Zarattini


 


As taxas de juros cobradas de forma abusiva pelos bancos no Brasil foram denunciadas pelo deputado federal Carlos Zarattini (PT-SP) em discurso no plenário da Câmara dos Deputados, nesta terça-feira, 17. “Nenhuma atividade econômica no país consegue sobreviver a essas taxas de juros. O sistema financeiro brasileiro cada vez está mais lucrativo e cada vez concentra mais renda nesse país”. 

 O parlamentar apresentou os valores praticados pelos cinco maiores bancos do país em serviços como cartão de crédito, empréstimo pessoal e outros financiamentos. Juntos, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Bradesco, Santander e Itaú detêm 72% do crédito no país. “Isso lhes permite cobrar taxas de juros abusivas. O cartão de crédito Bradesco cobra 351% ao ano. O Santander cobra 326% por ano. Das pessoas físicas, o Itaú cobra 40% ao ano e o Santander 37% ao ano. Para a pessoa jurídica, o Santander cobra 54% ao ano, no capital de giro, e o Bradesco cobra 29,5% ao ano”.

 Zarattini lembrou, ainda, que a política praticada pelo governo Bolsonaro e pelo Banco Central hoje, no Brasil, tem garantido a manutenção dessa lucratividade abusiva e favorecido o monopólio dos bancos. De acordo com o deputado, o lucro líquido desses bancos atingiu, no ano passado, mais de R$ 100 bilhões. Essa dinâmica financeira, no entanto, prejudica os pequenos empresários, que vêm sofrendo para fechar as contas no fim do mês. “Se o empresário não tiver o seu próprio dinheiro, não vai ser esse financiamento que vai garantir o desenvolvimento da empresa. É por isso que a economia brasileira está deprimida, não cresce e não se geram empregos nesse país”, criticou.

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