segunda-feira, 11 de abril de 2022

Assembleia na Gerdau aprova banco de horas e protesta contra fechamento da Toyota


 


 Assembleia de votação do banco de horas na Gerdau; medida foi aprovada em todos os turnos

 Crédito da foto: Guilherme Moura


 

Os trabalhadores da fábrica Gerdau, em Pindamonhangaba, aprovaram nessa quinta-feira, dia 7, uma proposta de implantação do banco de horas. A medida foi aprovada em todos os turnos.

Antes da assembleia, que é específica do setor produtivo, ocorreu uma paralisação com adesão total, de todos os trabalhadores do turno da manhã, inclusive terceirizados, em protesto contra o fechamento da fábrica Toyota, em São Bernardo do Campo.

A Gerdau, que atua no ramo do aço tem 2.400 funcionários. O setor produtivo envolve cerca de 2.000 trabalhadores, e o administrativo, que já atua com banco de horas, tem 400.

A implantação do banco de horas foi proposta pela empresa, mas inclui mudanças reivindicadas pelo Sindicato dos Metalúrgicos. Segundo o presidente André Oliveira, o ponto principal é o limite do banco de horas.

“Hoje, com a Reforma Trabalhista, a legislação até permite que a empresa aplique o banco individualmente, mas o sindicato foi firme para que houvesse negociação e o banco tivesse um teto, um limite. Ele ficou em 80 horas, o que passar disso tem que ser pago como hora-extra. A hora trabalhada em final de semana e feriado não entra no banco”, disse.

Outras questões negociadas pelo sindicato é o prazo de comunicação, que será de 48 horas de antecedência e a possibilidade do funcionário utilizar o banco de horas nas férias.

Na proposta também há um limite para horas negativas, de 56 horas. Após esse limite, o funcionário precisa compensar as horas não trabalhadas. Ao final de um ano, o que houver de saldo positivo do funcionário será pago pela empresa e o banco reinicia do zero.

O vereador Herivelto Vela, vice-presidente do Sindicato, falou dos prejuízos causados com o aumento da terceirização, da reforma trabalhista e da reforma da Previdência, e também de uma articulação que está ocorrendo pela bancada dos patrões no Congresso para acabar com o adicional de 30% de periculosidade.

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