: Ao microfone, o presidente do sindicato, André Oliveira
crédito
das fotos: Guilherme Moura
Assembleia teve que ser presencial, mas a empresa colocou faixas e cones para
manter o distanciamento
500 trabalhadores terão contratos suspensos
a partir da próxima segunda-feira
Os
trabalhadores da Tenaris Confab, em Pindamonhangaba, aprovaram na tarde dessa
quarta-feira, dia 1° de julho, uma proposta para evitar demissões na fábrica. A
proposta envolve mais de 500 trabalhadores da unidade Tubos, no bairro Cidade
Nova.
A
assembleia teve que ocorrer de forma presencial, mas os trabalhadores ficaram
divididos em faixas, que a empresa instalou em cones com o objetivo de manter o
distanciamento no momento da assembleia. O uso de máscaras é obrigatório na
fábrica, que também mede a temperatura de cada trabalhador na entrada.
A
proposta tem como base a Medida Provisória 936, mas com pontos mais favoráveis
ao trabalhador negociados com o Sindicato dos Metalúrgicos.
Um
pequeno grupo terá redução de jornada com redução de salário, mas a grande
maioria, que são 500 trabalhadores do setor produtivo, terão suspensão do
contrato de trabalho. As medidas terão início na próxima segunda-feira, dia 6,
e tem prazo total de 90 dias.
De
acordo com o presidente do sindicato, André Oliveira, em ambos os casos os
funcionários receberão o benefício emergencial do governo e uma complementação.
O que está diferente da MP é que foi estabelecido um piso de 70% do salário
líquido.
“Muitos
trabalhadores teriam uma redução muito grande. Foi uma negociação bastante
dura, visando sempre a preservação da saúde dos funcionários, a manutenção dos
empregos e também chegar o mais próximo possível do salário”, disse.
Também
foram definidos na negociação o adiamento da cobrança do plano médico,
odontológico e dos empréstimos da cooperativa, além da continuidade de do
auxílio-creche e do cartão de natal.
O
sindicato avalia a medida como positiva, tendo em vista o atual cenário da
empresa. “A produção está bastante preocupante. Além da pandemia tem a questão
da crise do petróleo que vem assolando esse ramo de produção de tubos. Devem
ficar apenas 60 pessoas no setor produtivo, só para manter os equipamentos, pra
não danificar fornos e caldeiras. Os trabalhadores ficarão em casa e recebendo
70% do salário”, disse.
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