segunda-feira, 19 de dezembro de 2022

Ensino e Aprendizagem sobre a prática democrática em sociedade na/para a faixa etária infanto-juvenil


Recuperado o significado etimológico de Democracia – “Poder do Povo”, podemos refletir sobre o alcance, limite e modus operandi do poder do povo, que por sua vez, deve se refletir no desenvolvimento sócio-político e educacional de cada nova geração, ou seja, o público infanto-juvenil.

Por público infanto-juvenil, conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente - (ECA), em seu Art. 2º [...] é considerado criança quem tem até 12 anos incompletos e adolescente entre 12 a 18 anos; tratando-se, portanto, de etapas de existência diferentes, que requerem cuidados de ordem psicopedagógico específicos, tanto no ambiente familiar, como no ambiente escolar. Tal prerrogativa está ancorada no artigo 205, da Constituição Federativa do Brasil de 1988, que diz: “A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”.

Alinhado ao preceito constitucional apontado acima, de acordo com a Psicologia Social, sabe-se que, principalmente crianças, reproduzem a linguagem, gesto e comportamento da pessoa adulta, tornando-se cada vez mais desafiador educar e influenciar a criança e adolescente de modo ético, moral e virtuoso, sob a via da vivência presencial, haja vista que a atual formulação da identidade e individualidade é marcada pela imersão na cidadania digital.

Não resta dúvida de que, ao responsável legal da criança e adolescente, em seu ambiente familiar, urge aproveitar todas as ocasiões de convivência, tais como: 1) acompanhamento de televisão, 2) eventos festivos, 3) acontecimentos que exigem apontamento moral e ético, 4) leituras literárias e de jornal, entre outros exemplos, para participar a criança e adolescente do processo reflexivo e decisório. Já no âmbito escolar, de igual maneira, urge uma profunda reflexão sobre a maneira que o currículo escolar é implantado, de modo que o conteúdo científico, didático-pedagógico seja desenvolvido de modo participativo entre todos os envolvidos no processo de ensino e aprendizagem, garantindo ampla consciência democrática.

Em suma, desenvolver consciência democrática exige constante estado de alerta para adequar meios de participação reflexiva e decisória para cada faixa etária, principalmente a infanto-juvenil.

 

Por Rodrigo Tarcha Amaral de Souza, diretor da Escola Municipal Serafim Ferreira – “Sr. Sara”; Mestre e Doutor em Educação.

Titulação Acadêmica

 

Ø  Licenciatura em Filosofia pelo Centro Universitário Salesiano de São Paulo – UNISAL, Lorena – SP - 2004/2007.

Ø  Licenciatura em Pedagogia pela Universidade Anhanguera – unidade de Araraquara – SP - 2019/2020.

Ø  Mestrado em Educação pelo Centro Universitário Salesiano de São Paulo – UNISAL, Americana – SP - 2012/2013.

Ø  Doutorado em Educação pela Universidade Metodista de Piracicaba – UNIMEP - 2016/2020.

 

 



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