Um protesto do Sindicato dos Metalúrgicos de Pindamonhangaba gerou resultado
rápido na fábrica Novelis. Em menos de uma semana a direção da empresa aplicou
mudanças no setor apontado, a Reciclagem 2.
No dia 18 de fevereiro, o Sindicato fez uma panfletagem denunciando
erros graves no setor. Cinco dias depois, no dia 23, a fábrica fez mudanças na
coordenação da área.
De acordo com o dirigente sindical na Novelis, Odirley Prado, três
problemas foram apontados sobre a Reciclagem 2, uma área desgastante, com
excesso de calor.
Um dos pontos foi questão de segurança. Havia uma ordem da coordenação
para acelerar o processo, não respeitando a temperatura correta para utilização
do cadinho, uma espécie de tanque de alumínio líquido. A mudança pode causar
entupimento e o reparo demanda uma atividade muito perigosa aos mecânicos.
Ainda de acordo com Odirley, outra questão foi sobre ordens determinando
escalas de hora-extra fixas e obrigatórias, o que é proibido. O fato ainda tem
um agravante na Novelis. Em turno de revezamento, como ocorre na fábrica, a
hora-extra só é permitida se houver previsão no acordo coletivo e não há acordo
coletivo na Novelis.
O terceiro ponto, segundo ele, foi o excesso de pressão, sem
embasamento, estabelecendo metas de produção impossíveis de atingir no setor.
“O Sindicato sempre atua com muita seriedade e com muita
responsabilidade. Mostramos o que estava errado, inclusive falhas graves de
segurança. Felizmente, a pressão deu certo e mudanças ocorreram. Vamos
continuar na luta, sempre”, disse Odirley.
A Novelis atua no ramo do alumínio e emprega cerca de 1.300 pessoas em
Pinda. Ela é subsidiária da Hindalco, a maior empresa do grupo indiano Aditya
Birla.
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