terça-feira, 27 de julho de 2021

Excesso de acidentes gera protesto na fábrica Latasa, em Pindamonhangaba

 

Crédito da foto: Gilson Leandro

Legenda: Assembleia que aprovou protesto na manhã dessa segunda-feira, dia 26


 

Os trabalhadores da fábrica Latasa, em Pindamonhangaba, fizeram uma paralisação nessa segunda-feira, dia 26, em protesto a dois acidentes graves e pela falta de negociação da PLR (Participação nos Lucros e Resultados).

De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos, na sexta-feira, dia 23, um funcionário do setor de produção da Planta 1 ficou com a mão presa dentro de uma máquina e teve quatro dedos esmagados.

No mesmo dia, outro funcionário, na oficina de empilhadeiras, sofreu uma queda em cima de um objeto cortante que perfurou o tendão da mão.

Segundo o presidente do sindicato, André Oliveira, a entidade tem criticado a falta de efetivo na Latasa, o que está sobrecarregando os trabalhadores.

Outros incidentes também têm ocorrido. Em um mês, houve duas quedas do gancho da ponte rolante em local próximo a funcionários.

A falta de EPI (Equipamentos de Proteção Individual) é outro problema. Muitos trabalhadores estão usando a mesma máscara por quatro vezes mais tempo do que deveriam.

Outro motivo na pauta do protesto é a falta de negociação da PLR. Há mais de dois meses a empresa deveria ter iniciado as discussões, mas, segundo o sindicato, ela continua protelando, recusando o pedido de abertura de negociação.

“Ano passado foi preciso entrar em greve pra ter PLR. É um absurdo essa falta de transparência, tanto nos números de produção quanto nas questões de segurança. É um completo descaso com a vida do trabalhador. Hoje foi uma hora de paralisação, mas se nada mudar, os protestos vão aumentar”, disse André.

A fábrica Latasa atua no ramo do alumínio e tem 310 funcionários. Ela fica no distrito do Feital, perto da principal cliente, a Novelis.

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