quarta-feira, 17 de janeiro de 2024

A SAÚDE DE PINDA ESTÁ NA UTI

 

 

Os números não mentem, não podemos negar que a arrecadação da cidade vem subindo substancialmente, assim como as taxas e impostos pagos pela população. Entretanto o que vemos não se traduz na qualidade do atendimento de saúde, a conta não fecha, muito menos faz sentido, como não faz sentido deslocar o munícipe para realizar cirurgia eletiva em Caraguatatuba. Pindamonhangaba, em sua série histórica, sempre contou com o Hospital Regional de Taubaté como referência, apesar de ter capacidade financeira de construir um hospital municipal de média e alta complexidade, ou mesmo firmar um convênio com a Santa Casa para atendimento das cirurgias eletivas, ou de urgência, isso não ocorre. Falta vontade politica? diálogo com o Governo Estadual ou Federal? A tabela do SUS estadual de São Paulo foi atualizada com um valor adicional à do SUS federal, ou seja, o recurso está lá, poderia estar aqui.

A realidade da população está desconectada do discurso da atual gestão – basta verificar as inúmeras reclamações, e até mesmo denuncias referentes a fila de cirurgias, que vão desde um procedimento de baixa complexidade eletiva, até um atendimento de urgência. A população que depende do SUS pede socorro e o que vemos são inaugurações de obras de expectativa. A incoerência beira a insanidade, quando vemos um terminal rodoviário no distrito de Moreira César abandonado, a quase um ano, ali poderia ser um hospital, ou mesmo quanto foi gasto em desapropriações de imóveis cuja finalidade não é o atendimento de saúde, a conta não fecha. A empatia e solidariedade não é vista como prioridade, pois o povo sem saúde não tem nada, falta de recursos financeiros não é. O que falta é um olhar mais próximo daqueles que hoje padecem em uma fila sem resposta, acompanhamento, ou até mesmo expectativa – a resposta na secretaria de saúde é sempre a mesma, tem que aguardar, porém o rim doente vai aguardar? a fratura vai aguardar? a pedra na vesícula vai aguardar? a dor de quem espera a fila sem resposta não passa, e a cada dia a fila cresce sem uma real solução.     

 

 

Patrícia Marcondes  - MTB 37.826/SP



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