O comércio eletrônico
paulista registrou faturamento real (já descontada a inflação) de R$ 3,765
bilhões no segundo trimestre de 2017, alta de 3,4% na comparação com o mesmo
período de 2016, a maior cifra para o período desde o início da série
histórica, em 2013. No primeiro semestre de 2017 as vendas atingiram quase R$
7,6 bilhões, elevação de 1,9% em relação ao ano passado. É o que aponta pesquisa
da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo
(FecomercioSP), realizada por meio do seu Conselho de Comércio Eletrônico, em
parceria com a Ebit.
A Pesquisa Conjuntural do
Comércio Eletrônico FecomercioSP/Ebit traz dados sobre faturamento real, número
de pedidos, tíquete médio e permite mensurar a participação do e-commerce nas
vendas totais do varejo (eletrônico e físico) no Estado de São Paulo,
segmentado em 16 regiões.
A participação do
e-commerce nas vendas do varejo paulista no segundo trimestre deste ano ficou
estável em 2,5%, quando comparada ao mesmo período do ano passado (2,6%). Já o
número de pedidos online no Estado registrou crescimento de 4,1%, passando de
9,2 milhões para 9,6 milhões, o maior volume de pedidos registrado para o
período na série histórica, iniciada em 2013. No primeiro semestre de 2017,
foram mais de 19 milhões de pedidos.
Ao avaliar o comportamento
das vendas do setor ao longo dos três meses, verificou-se que, na comparação
com o mesmo período do ano passado, as vendas cresceram 4,5% em abril,
avançaram 9,2% em maio e, em decorrência do ambiente político instável,
recuaram 3,2% em junho. A Entidade ressalta que, após encerrar 2016 com uma
queda de 1,4% no faturamento real, o resultado acumulado dos últimos 12 meses
passou a ser positivo em 0,6% no primeiro trimestre, e encerrou o segundo
trimestre com uma alta de 1,1%.
O tíquete médio
(faturamento por pedido) registrou queda de 0,7%, passando de R$ 393,51 no
segundo trimestre de 2016 para R$ 390,81 observados no mesmo período de 2017.
Entre as 16 regiões
analisadas pela PCCE, os melhores desempenhos foram registrados nas regiões de
Araraquara e do ABCD, cujas vendas cresceram 24,8% e 21,1%, respectivamente, em
relação ao segundo trimestre de 2016. Do lado negativo, cinco regiões
apresentaram recuo nas vendas, com destaque para Taubaté (-5,8%) e Osasco
(-5,5%).
Para a FecomercioSP, tanto
o varejo físico quanto o eletrônico continuam sinalizando uma retomada das
vendas, motivada pelo ambiente macroeconômico com uma inflação muito mais
controlada aliada a uma trajetória de queda nas taxas de juros. No caso do
comércio eletrônico, dois fatores importantes também contribuem para esse
movimento. O primeiro deles é o investimento em plataformas de vendas via
marketplace, que permitem oferecer ao consumidor uma maior diversidade de
produtos, além de aumentar a rentabilidade do negócio. O segundo é o
investimento em aplicativos e na melhora das funcionalidades e da visualização
do site nos dispositivos móveis.
Capital
O comércio eletrônico na
cidade de São Paulo fechou o segundo trimestre de 2017 com faturamento real de
R$ 1,5 bilhão, recuo de 1,6% se comparado com o mesmo período do ano passado.
Embora tenha registrado queda, foi o maior faturamento entre as 16 regiões
analisadas. Foram registrados quase 4 milhões de pedidos, com tíquete médio de
R$ 375,16.
No primeiro semestre de
2017, o faturamento real alcançou R$ 3 bilhões e aproximadamente 8 milhões de
pedidos.
De acordo com a Federação,
a capital foi a região em que o comércio eletrônico teve a maior participação
no faturamento total do varejo no segundo trimestre do ano, 3,2%, seguida pelas
regiões do Litoral e ABCD, ambas com 3,1%.
Pesquisa permite mensurar
a participação do comércio eletrônico nas vendas totais do varejo paulista. As
informações são segmentadas em 16 regiões definidas pelas Delegacias Regionais
Tributárias que englobam todos os 645 municípios paulistas e abrangem todas as
atividades varejistas constantes do código CNAE 2.0.
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