Retomada de
confiança e expectativa de aumento das vendas devem impulsionar a criação de
empregos temporários; lojas de vestuário e supermercados liderarão as
contratações
São Paulo, 26 de
setembro de 2017 - Historicamente, a contratação de trabalhadores
temporários para atender à movimentação intensa de compras decorrente das
festas de fim de ano tem início nos meses de outubro e novembro, período em que
se registra a maior geração de vagas formais (admissões menos desligamentos) no
varejo paulista. Segundo a Federação do
Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), em
2017, o comércio varejista mostra uma tendência de recuperação de vagas
formais, e a expectativa de contratação de trabalhadores temporários no estado
de São Paulo é de até 25 mil vagas, ante as aproximadamente 19 mil vagas vistas
no mesmo período de 2016.
Para a Entidade, o setor de
vestuário, tecidos e calçados deve concentrar cerca de 50% das vagas, e os
supermercados paulistas, aproximadamente 25%. As demais vagas temporárias
deverão ser abertas pelas atividades de eletrodomésticos, eletrônicos e lojas
de departamentos; lojas de móveis e decoração; e farmácias e perfumarias.
Entre as principais razões para o
aumento na geração de vagas temporárias está a sólida recuperação das vendas do
comércio varejista que cresceram 3,6% no acumulado do primeiro semestre. Além
disso, dado que o ciclo recessivo enfrentado pelo varejo paulista nos últimos
três anos resultou na eliminação de quase 140 mil vínculos formais entre
janeiro de 2015 e junho de 2017, o aumento da demanda exige que os
estabelecimentos reponham o seu quadro de funcionários.
Segundo a assessoria econômica da
Federação, as condições presentes hoje são bem menos adversas, em termos de
confiança e mesmo de resultados econômicos, do que aquelas vigentes há um ano.
A Intenção de Consumo das Famílias (ICF), o Índice de Confiança do
Empresário do Comércio (ICEC), e seu subíndice de perspectivas de contratação
de funcionários, por exemplo, registraram crescimento em torno de 20% em
relação ao ano passado.
O próprio mercado de trabalho do
comércio varejista paulista já mostrou sinais reação. A perda de vagas no
primeiro semestre de 2017 foi metade da verificada no mesmo período de 2016, e
a geração de empregos com carteira assinada acumulada em julho e agosto deste
ano (13.682 vagas) foi quase o dobro do registrado em 2016.
Para a FecomercioSP, o faturamento
real do varejo paulista deve crescer aproximadamente 5% em 2017, consolidando o
ciclo de recomposição do consumo mesmo diante das instabilidades políticas,
trazendo boas perspectivas para 2018. Vale ressaltar, porém, que o setor ainda
vai demorar para recuperar os níveis de vendas pré-crise e, por esse motivo, a
expectativa é de que ocorra uma mínima efetivação de vínculos temporários, em
torno de 10%.
Sobre a
FecomercioSP
A Federação do
Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) é a
principal entidade sindical paulista dos setores de comércio e serviços.
Congrega 154 sindicatos patronais e administra, no Estado, o Serviço Social do
Comércio (Sesc) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac). A
Entidade representa um segmento da economia que mobiliza mais de 1,8 milhão de
atividades empresariais de todos os portes. Esse universo responde por cerca de
30% do PIB paulista - e quase 10% do PIB
brasileiro -,gerando em torno de 10
milhões de empregos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário