segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Trabalhadores da JSL encerram greve contra demissões na Novelis, em Pinda

Reunião de trabalhadores da JSL na sede do Sindicato dos Metalúrgicos, onde a empresa fez o pagamento da bonificação
Crédito da foto: Guilherme Moura


Sindicatos criticam rebaixamento de salários que ocorrerá com a Penske, nova terceirizada de logística da Novelis

Os trabalhadores da JSL – Julio Simões Logística aprovaram a proposta da empresa para encerrar uma greve contra demissões devido ao término do contrato com a Novelis, em Pindamonhangaba. Cada um dos 120 trabalhadores recebeu R$ 1 mil nessa sexta-feira, dia 15.
Segundo o Sindicato dos Condutores do Vale do Paraíba, não houve pedido do sindicato por essa bonificação. A reivindicação era a contratação desses trabalhadores pela nova empresa, a Penske.
“Tem uma discussão jurídica, mas para nós, é obrigação da Penske contratar. Ela veio com essa promessa e a Novelis poderia ter cobrado isso. Aqui encerrou o contrato, é mais difícil de quando teve greve contra demissões da JSL na Volks de Taubaté, onde o contrato continuou. Mas agora houve uma negociação e foi uma decisão dos trabalhadores aceitar essa bonificação e encerrar a greve”, disse Silvio Mota – Maguila, dirigente do Sindicato dos Condutores.
O Sindicato dos Metalúrgicos de Pindamonhangaba também participou da negociação. Para o dirigente Odirley Prado, a decisão da Novelis em trocar de empresa foi para rebaixar salários.

“A função de conferente, por exemplo, não terá os salários de R$ 2200. Os novos ganharão R$ 1600 na Penske. O vale refeição não será de R$ 400, será de R$ 116. É a precarização do trabalho, feita pela Novelis. Junto com os condutores, a gente vai continuar fiscalizando a condição que a Penske dará a esses novos funcionários, que não estão habituados ao serviço e vão sofrer pressão da gerência. Temos preocupação com a segurança também”, disse.

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