Os primeiros apontamentos sobre a inteligência emocional ocorreram em 1966, nos Estados Unidos. Sua popularização ocorreu somente na década de 1990, com ênfase na psiquiatria infantil, que, ao requerer metodologia específica para diagnosticar e desenvolver o quadro emocional infantil, deu origem à expressão educação emocional, tornando-se um meio operacional de se desenvolver a inteligência emocional em ambientes institucionais.
No
Brasil, desde o ano de 2020, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), tem
apontado competências socioemocionais em seu currículo, a ser desenvolvido
pelas redes de ensino, utilizando-se de habilidades específicas em cada área de
conhecimento e componentes curriculares, tornando a educação emocional
transversal no currículo escolar.
Por
se tratar de uma implantação curricular recente, torna-se desafiador
estabelecer métricas e parâmetros de desenvolvimento socioemocional nos
ambientes escolares, sobretudo em um contexto de intensificação de recursos de
tecnologia, que têm favorecido uma crescente individualização das pessoas,
maior cobrança de resultados cada vez mais inalcançáveis, e aumento de
competitividade entre as pessoas. Tais fatores são agravantes do estresse,
frustração e irritação, que fragiliza a gestão de conflitos e dificulta a livre
e serena expressão de sentimentos, tornando o ser humano, principalmente a
criança e o adolescente, uma verdadeira “panela de pressão”, tanto no ambiente
escolar, como familiar.
No
ambiente escolar, para além da transversalidade da educação emocional no
currículo escolar, para fins de redirecionamento existencial de toda a
coletividade escolar, cabe promoção de projetos especiais de ordem
socioemocional, visando o autoconhecimento, conhecimento e controle das
próprias emoções, e garantia de relações interpessoais empáticas, compreendendo
ser a base de uma inteligência emocional saudável e robusta.
Capacitados
de modo contínuo com o tema da educação emocional, instituição escolar e
comunidade educativa, podem promover projetos especiais com foco em
competências socioemocionais, criando espaços de abertura de exposição de
pensamentos e sentimentos, possibilitando melhorias para a vida sentimental e
também para a forma de viver em sociedade. Aos pequenos infantes, promoção e
proteção absoluta, e investimento financeiro máximo, para um desenvolvimento
humano completo.
Por
Rodrigo Tarcha Amaral de Souza, diretor da Escola Municipal Serafim Ferreira –
“Sr. Sara”; Mestre e Doutor em Educação.
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