Segundo
especialistas do campo da gestão, a liderança consiste em inspirar e ativar as
forças dos liderados, visando o alinhamento dos esforços para concretização de um
projeto comum. Exercer a liderança sempre requereu continuidade da paixão pelo
que se defende ou está inserido, pois, somente alguém convencido do valor de
uma causa pode se mostrar convincente para ser seguido.
Em
todas as esferas da vida, principalmente profissional, liderar pessoas e
processos requer utilização contínua de talentos essenciais como motivação,
curiosidade, engajamento, determinação, além de competências: 1) capacidade analítica
para criar estratégias conjuntas, 2) ter insight de mercado, para entender a
necessidade dos seus clientes internos e externos, e 3) ter visão para
desenvolvimento organizacional e gestão de pessoas, a fim de atuar rápido em
processos logísticos e relações de conflitos humanos, readequando a estrutura e
equipe a cada novo cenário que se imponha e exija sua ação. Para liderar
democraticamente, o líder faz uso do principal atributo da liderança, que é ser
humilde, ouvindo sempre o time, para orientá-los com assertividade.
Em
ambientes educativos não é diferente. Seja em espaço escolar formal, ou de
convivência informal, a prática da liderança sempre está presente, de modo legítimo
por direito, ou por reputação moral. Cabe, nesse momento, a recordação das
tradicionais instituições formadoras de opinião, como a família, escola e
igreja, e grupos não formais como associações identitárias, que imbuídos de
valores construídos sob o pilar de convenções sociais, mobilizam habilidades
humanas para a manutenção do poder e gerenciamento do grupo a qual se está inserido.
Em
tempos de ascensão dos processos de automação nas empresas e vida cotidiana, o
que poderia sugerir o fim da dependência da influência e socialização humana, criar
e mobilizar habilidades em ambientes educativos requer, inequivocamente, o
trabalho inspirador do líder, como espelho fiel da moral e do conhecimento.
Pode ser um vínculo de ensino e aprendizagem entre professor e aluno, familiar
ou de amizade, não importando a categoria de relações humanas. Sempre haverá um
líder, que encantado por uma causa, pode e deve se capacitar para instruir e
orientar seus liderados, favorecendo lhes condições para se autodesenvolver
como pessoas e profissionais, com olhar e senso de dono do ambiente, a fim de
gerar engajamento e sinergia humana e profissional, de modo que venham, em
breve, tonar-se novos líderes.
Desenvolver
lideranças democráticas em todas as categorias de relacionamento humano em
ambientes educativos é necessário, urgente e perfeitamente possível.
Por
Rodrigo Tarcha Amaral de Souza, diretor da Escola Municipal Serafim Ferreira –
“Sr. Sara”; Mestre e Doutor em Educação.
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