Os trabalhadores da fábrica Gerdau, em Pindamonhangaba, estão realizando nessa quarta-feira, dia 1º de junho, uma paralisação pela Campanha Salarial.
A mobilização deve durar cerca de uma hora e integra uma série de protestos que estão sendo feitos em todos os sindicatos que compõem a Federação dos Metalúrgicos, a FEM-CUT/SP, que esta semana fará a entrega da pauta de reivindicações para as bancadas patronais.
O tema da campanha deste ano é “Juntos pela Reconstrução dos Direitos, dos Salários, da Democracia e do País”. A pauta cobra a reposição da inflação; aumento real de salário, valorização dos pisos salariais, valorização da Convenção Coletiva de Trabalho, pela manutenção dos direitos trabalhistas e também pela reindustrialização do país.
De acordo com o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), em oito meses, a data-base dos metalúrgicos já acumula 8,66% de perdas com a inflação, faltando ainda contabilizar quatro meses até a data-base, dia 1º de setembro.
Segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, André Oliveira, a inflação alta é uma dificuldade para a campanha.
“Com certeza os patrões vão tentar jogar todo o peso da crise do país nas costas dos trabalhadores, que estão vendo seu poder de compra diminuindo com tudo ficando mais caro. A nossa mobilização será fundamental para buscar a valorização do salário, pra recuperar isso”, disse.
O protesto também denunciou condições precárias nas empilhadeiras da Gerdau que, segundo o Sindicato, tem gerado situações inseguras.
"Tem empilhadeiras que quando pegam peça larga tem risco de tombamento, porque o garfo está travado. Tem volante travando no meio da operação, tem sensor de segurança quebrado. O funcionário até abre a recusa de tarefa, mas o chefe responsável pela manutenção manda continuar”, disse.
A Gerdau atua no ramo do aço e tem 2.400 funcionários na unidade de Pindamonhangaba.
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