Assembleia de votação do banco de horas na Gerdau; medida foi aprovada em todos
os turnos
Os
trabalhadores da fábrica Gerdau, em Pindamonhangaba, aprovaram nessa
quinta-feira, dia 7, uma proposta de implantação do banco de horas. A medida
foi aprovada em todos os turnos.
Antes da
assembleia, que é específica do setor produtivo, ocorreu uma paralisação com
adesão total, de todos os trabalhadores do turno da manhã, inclusive
terceirizados, em protesto contra o fechamento da fábrica Toyota, em São
Bernardo do Campo.
A Gerdau,
que atua no ramo do aço tem 2.400 funcionários. O setor produtivo envolve cerca
de 2.000 trabalhadores, e o administrativo, que já atua com banco de horas, tem
400.
A
implantação do banco de horas foi proposta pela empresa, mas inclui mudanças
reivindicadas pelo Sindicato dos Metalúrgicos. Segundo o presidente André
Oliveira, o ponto principal é o limite do banco de horas.
“Hoje,
com a Reforma Trabalhista, a legislação até permite que a empresa aplique o
banco individualmente, mas o sindicato foi firme para que houvesse negociação e
o banco tivesse um teto, um limite. Ele ficou em 80 horas, o que passar disso
tem que ser pago como hora-extra. A hora trabalhada em final de semana e
feriado não entra no banco”, disse.
Outras
questões negociadas pelo sindicato é o prazo de comunicação, que será de 48
horas de antecedência e a possibilidade do funcionário utilizar o banco de
horas nas férias.
Na
proposta também há um limite para horas negativas, de 56 horas. Após esse
limite, o funcionário precisa compensar as horas não trabalhadas. Ao final de
um ano, o que houver de saldo positivo do funcionário será pago pela empresa e
o banco reinicia do zero.
O
vereador Herivelto Vela, vice-presidente do Sindicato, falou dos prejuízos
causados com o aumento da terceirização, da reforma trabalhista e da reforma da
Previdência, e também de uma articulação que está ocorrendo pela bancada dos
patrões no Congresso para acabar com o adicional de 30% de periculosidade.
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