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De acordo com a O.M.S.
Organização Mundial de Saúde a depressão já atinge 7% da população mundial,
sendo aproximadamente 400 milhões de pessoas acometidas pela doença.
Além de todos os transtornos causados pela
doença aos pacientes e familiares, os tratamentos contra depressão podem trazer
consequências graves à saúde bucal.
Atualmente os antidepressivos são utilizados para tratar ou
melhorar os pacientes a nível do estado mental.
Bioquimicamente os neurotransmissores têm um papel fundamental
na explicação das causas da depressão, pois são eles os responsáveis pela
condução do impulso nervoso. A administração de antidepressivos, durante pelo
menos duas semanas, melhora a atividade funcional dos neurotransmissores,
elevando os níveis de serotonina e noradrenalina no sistema nervoso central. Além da depressão, estes medicamentos podem ser utilizados
no tratamento de doenças como a fibromialgia, bulimia e anorexia nervosa, ajudando
no controle dos transtornos compulsivos e alguns tipos cefaleias.
Em odontologia o uso de antidepressivos pode resultar em alguns efeitos
colaterais indesejados como: a interação com fármacos utilizados em consultório, alta incidência de cáries, hipocalcificação
do esmalte, incapacidade de adesão das resinas restauradoras, infecções, fistulas,
hipossalivação, abcesso e úlcera oral.
Tricíclicos: é o grupo mais antigo e mais
utilizado no tratamento não só da depressão e outros distúrbios afetivos, como
no tratamento da dor crónica. Deste grupo fazem parte a imipramina, a
amitriptilina, a clomipramina.
O Prozac® (fluoxetina) chamado também Inibidor
Selectivo da Recaptação da Serotonina, populariza-se por ser um antidepressivo
com menos efeitos adversos.
Infelizmente a depressão tornou-se uma doença comum, encarada de forma
menos séria ao haver uma maior familiarização com os antidepressivos e uma
prescrição menos criteriosa.
A nível odontológico, os antidepressivos podem levar a um aumento do
tempo de sangramento. Assim sendo, o cirurgião dentista deverá saber do uso de
antidepressivos por parte do doente, para melhor avaliar os riscos sobre os
procedimentos necessários.
O sistema hepático e renal funciona com maior lentidão em usuários de
antidepressivos, sendo assim, existe maior dificuldade na assimilação outros
medicamentos como analgésicos e anti-inflamatórios, que interferem com as
funções do Sistema Nervoso Central e são muitas vezes recomendados pelo
cirurgião-dentista.
Para o tratamento destes pacientes é primordial haver uma
interação entre médico, dentista e psicólogo e um conhecimento pleno da
utilização e efeitos colaterais destes medicamentos, para assim com segurança
executar o seu trabalho e melhorar a qualidade de vida dos seus doentes.
Dr. Nilton José Lira CROSP: 97-089
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